Brasil não acompanha discurso de Netanyahu na ONU como 'protesto' por resposta desproporcional em Gaza
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há quase um ano, mais de 41 mil palestinos morreram; do lado israelense 1.700 vítimas fatais
Diplomatas brasileiros na ONU não assistiram ao discurso de Netanyahu. Delegações árabes também protestaram.
Diplomatas que integram a Missão do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) não entraram no plenário para assistir ao discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante a Assembleia Geral da ONU, nesta sexta-feira, 27.
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Delegações de outros países, em maioria árabes, também deixaram o plenário antes do premier-israelense subir ao púlpito, como uma forma de protesto. A decisão da comitiva brasileira seria uma "resposta desproporcional de Israel aos ataques de 7 de outubro".
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, há quase um ano, mais de 41 mil palestinos morreram; do lado israelense o número de mortos é de 1.700. O país também tem um histórico de não cumprir resoluções da ONU sobre a Palestina.
O país liderado por Netanyahu também iniciou uma série de bombardeios contra o Líbano, na última semana, que já mataram mais de 700 pessoas e feriram outras 2 mil.
Em seu discurso, primeiro-ministro de Israel afirmou que o país está vencendo a guerra contra seus inimigos locais. Ele também ameaçou retaliar qualquer ataque lançado pelo Irã. "Não há lugar no Irã que o longo braço de Israel não possa alcançar. E isso é verdade para todo o Oriente Médio. Longe de serem cordeiros levados ao matadouro, os soldados israelenses reagiram com incrível coragem", disse.
Netanyahu também insistiu que a campanha de Israel irá continuar. "Continuaremos a degradar o Hezbollah até que todos os nossos objetivos sejam alcançados", disse à assembleia da ONU.
* Com informações da GloboNews e Reuters.