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Brasil repudia assassinato de egípcios pelo Estado Islâmico

O papa Francisco mudou o roteiro do discurso que faria nesta segunda-feira para mencionar a nova ação do grupo terrorista e enfatizar a unidade de todos os cristãos

16 fev 2015 - 10h48
(atualizado às 14h16)
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Vídeo divulgado pelo Estado Islâmico em 16 de fevereriro mostra a decapitação de 21 egípcios em uma praia da Líbia
Vídeo divulgado pelo Estado Islâmico em 16 de fevereriro mostra a decapitação de 21 egípcios em uma praia da Líbia
Foto: Reuters

O Ministério das Relações Exteriores repudiou hoje (16) o assassinato de 21 egípcios pelo Estado Islâmico (EI). O grupo extremista divulgou, nesse domingo (15), um vídeo que mostra a decapitação dos cristãos egípcios que foram sequestrados na cidade de Sirte, no Norte da Líbia.

“O governo brasileiro manifesta sua indignação diante do brutal assassinato de 21 trabalhadores egípcios, alegadamente em território líbio, por membros do grupo autodenominado Estado Islâmico. A intolerância religiosa e o recurso à violência política merecem o mais veemente repúdio do governo e do povo brasileiro”, disse o Itamaraty, em nota.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou, na noite de domingo (15), o “hediondo” assassinato dos 21 cristãos egípcios. “Este crime demonstra mais uma vez a brutalidade do EI, que é responsável por crimes e abusos contra pessoas de todos os credos, etnias e nacionalidades, sem olhar a qualquer valor básico da humanidade”, diz comunicado do Conselho de Segurança da ONU.

O papa Francisco expressou profunda tristeza pela decapitação dos 21 egípcios cristãos coptas na Líbia, mudando o roteiro do discurso que faria nesta segunda-feira para enfatizar a unidade de todos os cristãos independentemente da seita que sigam.

<p>"Não faz diferença se são católicos, ortodoxos, coptas ou protestantes", disse Francisco ao condenar a decapitação de 21 egípcios coptas pelo Estado Islâmico na Líbia</p>
"Não faz diferença se são católicos, ortodoxos, coptas ou protestantes", disse Francisco ao condenar a decapitação de 21 egípcios coptas pelo Estado Islâmico na Líbia
Foto: Riccardo De Luca / AP

Falando a membros da igreja da Escócia, o pontífice argentino mencionou os assassinatos ocorridos em uma praia da Líbia.

“Suas únicas palavras foram ‘Jesus, me ajude!’. Foram mortos simplesmente pelo fato de serem cristãos”, disse Francisco em seu espanhol nativo, deixando de lado o italiano que usa na maioria dos eventos formais.

O líder dos 1,2 bilhão de católicos do mundo, que disse ser “lícito” deter um agressor injusto, continuou: “O sangue de nossos irmãos e irmãs cristãos é um testemunho que clama para ser ouvido. Não faz diferença se são católicos, ortodoxos, coptas ou protestantes. São cristãos!”

Francisco ainda acrescentou: “Os mártires pertencem a todos os cristãos”.

A igreja copta foi fundada segundo os ensinamentos de São Marcos, que levou o cristianismo ao Egito no tempo do imperador romano Nero.

Hoje, aviões de combate egípcios bombardearam posições do Estado Islâmico na Líbia, anunciou o Exército no Cairo.

O presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil Al Sisi, convocou, na noite de domingo, em caráter de urgência, o Conselho de Defesa Nacional e prometeu punir os “assassinos” de maneira “adequada”.

"As nossas forças armadas levaram a cabo nesta segunda-feira ataques aéreos visando acampamentos e locais de encontro ou de depósito de armas do Daech (acrônimo do EI em árabe) na Líbia", diz comunicado do Exército.

Com informações da Agência Brasil e Reuters.

Desvendando o Estado Islâmico Desvendando o Estado Islâmico

Fonte: Terra
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