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Brasileira morta em ataque de Israel no Líbano foi encontrada 'abraçada com o pai'

Mirna Raef Nasser, de 16 anos, morava no sul do país árabe com a família

27 set 2024 - 23h12
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Resumo
Mirna Raef Nasser, de 16 anos, e seu pai, Raef Hussein Nasser, foram encontrados abraçados depois de serem mortos em um bombardeio de Israel no sul do Líbano.
A adolescente brasileira Mirna Raef Nasser, de 16 anos,morta em um bombardeio de Israel no sul do Líbano
A adolescente brasileira Mirna Raef Nasser, de 16 anos,morta em um bombardeio de Israel no sul do Líbano
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A adolescente brasileira Mirna Raef Nasser, de 16 anos, morta em um bombardeio de Israel no sul do Líbano, foi encontrada abraçada com seu pai, Raef Hussein Nasser, próximo à porta de saída da casa da família. Os dois não sobreviveram. A informação foi revelada pelo tio de Mirna, Ali Bu Khaled, para a Folha de S. Paulo.

A família de Mirna já havia abandonado a casa em que viviam, após a intensificação dos bombardeios na última semana, mas decidiram voltar à residência para buscar roupas e material escolar.

"Ele [Raef] ia sozinho e a menina [Mirna] não deixou. Ela falou: ‘e se acontece alguma coisa? Se acontecer, eu estou junto com você’. Ela era muito apegada a ele. Aí ela foi com ele e até mandou mensagem para a mãe dela: ‘se acontecer alguma coisa, como meu pai falou, vocês me desculpem’", contou Ali ao jornal. 

A casa da família Nasser foi atingida por três mísseis israelenses. Como o primeiro não explodiu, Raef e Mirna conseguiram correr para a saída, mas não tiveram tempo suficiente para deixar o local.

"Eles foram encontrados abraçados. Ele tinha abraçado a menina e estava saindo da casa. Atacaram a casa, e o primeiro [míssil] não explodiu", disse.

Mirna, que nasceu em Balneário Camboriú (SC) e mudou-se para o país árabe com 1 ano e 2 meses, planejava conhecer o Brasil. "A Mirna ia vir porque ela nasceu aqui, e a gente iria trazê-la para um passeio para conhecer", lembrou. A adolescente também era uma aluna estudiosa que costumava ser chamada de "professora" pelos colegas.

Fonte: Redação Terra
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