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Brasileira perde guarda do filho na Dinamarca e pede repatriação; processo foi movido por ex, que está preso

Pai da criança, um dinamarquês, se encontra preso; mãe já passou por violência doméstica e relata perseguição do ex

14 mar 2025 - 20h31
(atualizado às 20h31)
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Resumo
Uma brasileira na Dinamarca perdeu a guarda do filho para o pai preso; ela busca reverter a decisão com ajuda das autoridades brasileiras, que estão cientes da situação e preocupadas com o bem-estar da criança.
Brasileira relata que está desempregada e teme que criança seja alocada em uma nova família
Brasileira relata que está desempregada e teme que criança seja alocada em uma nova família
Foto: Reprodução

Nesta terça-feira, 11, uma brasileira que vive na Dinamarca teve a guarda de seu filho, de cinco anos, retirada após um processo movido pelo pai da criança, um dinamarquês que se encontra preso. A mãe, que já passou por episódios de violência doméstica, busca ajuda para reverter a decisão e teme que a criança seja entregue a uma nova família.

O caso, acompanhado pelos advogados do instituto PróVítima, gerou uma mobilização das autoridades brasileiras. O Ministério das Relações Exteriores, da Igualdade Racial e das Mulheres estão cientes da situação e a embaixada da Dinamarca no Brasil, no entanto, não se pronunciou sobre o assunto, conforme a Folha.

A mulher, que se mudou para a Dinamarca há cinco anos para viver com o ex-companheiro, relata ter sofrido violência doméstica após o nascimento do filho. Ela e a criança foram acolhidos por diversos abrigos, sendo perseguidos pelo ex-marido, que a denunciou às autoridades locais alegando que ela não era capaz de cuidar do filho. Em depoimentos, o menino teria afirmado ter sido agredido e deixado para fora de casa durante o tempo em que morou com o pai.

Após a prisão do pai em fevereiro deste ano, por ameaçar autoridades locais, o homem deu entrada em um novo pedido de guarda da criança. Contudo, as autoridades dinamarquesas afirmam que tanto o pai quanto a mãe não têm condições de oferecer a devida segurança à criança. A administração municipal de Taastrup, onde moram, sugere que a criança seja entregue a uma nova família, pois considera que o ambiente em que a criança vive com a mãe é instável.

A mãe, por sua vez, defende que a instabilidade se deve ao contexto de violência a que foi submetida pelo ex-companheiro e que a decisão de removê-la da guarda não leva em consideração as dificuldades que enfrentou. "Foi o município que pediu para cancelar meu contrato de aluguel e me obrigou a ir para os abrigos", afirma ela.

A proposta das autoridades dinamarquesas de entregar a criança a outra família não foi aceita pela mãe, que teme pela segurança e bem-estar do filho. Durante as audiências, ela diz ter sido constantemente questionada sobre sua intenção de retornar ao Brasil, o que reforça a percepção de que o país de origem da mãe seja visto como um possível fator negativo na decisão.

A mãe, atualmente desempregada, depende de um auxílio do governo dinamarquês e de uma ONG para imigrantes. Ela pediu ajuda ao Brasil para cobrir os custos do processo e solicita repatriação para que ela e seu filho possam retornar ao país.

Fonte: Redação Terra
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