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Brasileiro se declara culpado em esquema de pirâmide nos EUA

19 out 2017 - 15h34
(atualizado às 16h04)
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Um brasileiro cuja prisão levou as autoridades dos Estados Unidos a descobrirem 17 milhões de dólares escondidos sob um colchão se declarou culpado nesta quinta-feira de ter tentado lavar fundos ligados a um dos maiores esquemas em pirâmide da história.

Cléber Rene Rizério Rocha, que procuradores disseram ter tentado ajudar a tirar dinheiro dos EUA que um cofundador da TelexFree Inc deixou para trás ao fugir do país, assumiu sua culpa perante um tribunal federal de Boston.

Cléber Rene Rizério Rocha é visto em imagem de vídeo em interrogatório
 11/10/2017  Divulgação via REUTERS
Cléber Rene Rizério Rocha é visto em imagem de vídeo em interrogatório 11/10/2017 Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

Rocha admitiu as acusações de conspiração e lavagem de dinheiro, cada uma acarretando penas de até 20 anos de prisão. Os procuradores concordaram em recomendar uma sentença de 40 meses com base em sua cooperação. A setença deverá ser divulgada em 7 de dezembro.

O caso do réu de 28 anos derivou de uma investigação sobre a TelexFree, uma empresa sediada em Massachusetts que vendia serviços de telefonia via internet e foi fundada por James Merrill, um cidadão norte-americano, e o brasileiro Carlos Wanzeler.

Os procuradores disseram que a TelexFree era um esquema em pirâmide que fazia pouco ou nenhum dinheiro vendendo seus serviços e recebeu milhões de dólares de milhares de pessoas que pagavam para se cadastrar para ser "promotores" e publicar anúncios online para a companhia.

A TelexFree faliu em 2014, infligindo mais de 3 bilhões de dólares de prejuízos a quase 1,89 milhão de pessoas de todo o mundo, segundo os procuradores.

Merrill foi preso em 2014, e em março deste ano foi condenado a seis anos de prisão depois de se declarar culpado de conspiração e fraude.

Também em 2014 Wanzeler fugiu para o Brasil, de onde não pode ser extraditado, deixando para trás dezenas de milhões de dólares que lavou de contas da TelexFree, informaram os procuradores.

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