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Brasileiros na Faixa de Gaza relatam horror durante bombardeios israelenses: 'Estamos morrendo'

Pai conta que precisa mentir para filha sobre barulhos de bombas e diz que não recebeu ajuda do governo brasileiro

9 out 2023 - 15h07
(atualizado às 19h37)
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Pessoas deixam suas casas em Khan Younis, em meio aos ataques israelenses ao sul da Faixa de Gaza (9/10/2023)
Pessoas deixam suas casas em Khan Younis, em meio aos ataques israelenses ao sul da Faixa de Gaza (9/10/2023)
Foto: Reuters/Ibraheem Abu Mustafa

Brasileiros de origem palestina que vivem na Faixa de Gaza estão enfrentando momentos de terror devido aos bombardeios de Israel contra territórios palestinos, iniciados no último domingo, 8. Os ataques ocorreram em resposta aos atos surpresas promovidos por radicais palestinos do grupo Hamas em Israel, no sábado, 7. Milhares de foguetes foram lançados a Israel pelos extremistas.

Hasan Rabee, um paulistano que estava visitando familiares em Gaza, descreveu a difícil situação em que se encontra com a família. Eles estão sem água e energia há várias horas, e as bombas israelenses não cessam. Para acalmar a filha, Hasan tenta esconder a realidade devastadora.

"Estamos morrendo... minhas filhas só choram e a gente está mentido [pra elas], falando que as bombas são barulho de festas", contou em entrevista à GloboNews, que diz que o Itamaraty não está ajudando na retirada dos brasileiros que estão em território palestino, a exemplo do que acontece em Israel.

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Mahmoud Abuhaloub, que tem cidadania brasileira, vive em Gaza desde 2020 e teve que deixar sua casa com a família devido aos ataques israelenses. Ele buscou ajuda na Embaixada do Brasil em Ramalla, na Cisjordânia, mas não obteve uma resposta eficaz. Mahmoud e seus familiares desejam sair da Cisjordânia devido ao temor pela escalada da violência.

Enquanto isso, Israel anunciou a convocação de 300 mil reservistas em um movimento sem precedentes em sua história, após o ataque-surpresa do Hamas. Os confrontos persistem em algumas regiões de Israel, mesmo após o governo declarar o controle sobre elas. "A guerra está ficando uma loucura e as coisas não andam rápido aqui", contou à GloboNews.

A escalada de violência na região preocupa não apenas os habitantes locais, mas também a comunidade internacional, que espera por uma solução. Em três dias de confronto, o número de mortos chega a 900 em Israel e quase 700 em Gaza.  

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Fonte: Redação Terra
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