Bulgária realiza nova eleição antecipada, sem previsão de estabilidade no poder
Os búlgaros foram às urnas neste domingo na sétima eleição antecipada em quatro anos, mas pesquisas de opinião sugerem que é improvável que este pleito interrompa um impasse político que retardou as reformas econômicas no país membro mais pobre da União Europeia.
A Bulgária tem sido atormentada por governos de curta duração desde 2020, quando protestos anticorrupção ajudaram a acabar com uma coalizão liderada pelo partido de centro-direita GERB.
"Não acho que eles formarão um governo" após a eleição, disse Marin Kushev, de 69 anos, depois de votar em Sofia. "Eu não acredito neles (políticos)."
As últimas pesquisas de opinião sugerem que, mais uma vez, nenhum partido conquistará a maioria parlamentar, preparando o terreno para uma nova rodada de difíceis e prolongadas negociações de coalizão.
As urnas serão fechadas às 20h no horário local (15h no horário de Brasília), e as pesquisas de boca de urna serão anunciadas imediatamente após o fechamento das seções eleitorais. Os primeiros resultados parciais são esperados por volta da meia-noite (19h no horário de Brasília).
"As pessoas querem segurança e estabilidade. Hoje o tempo está ensolarado, então as pessoas devem sair e votar. Veremos o que acontecerá após o fechamento das urnas", disse o líder do GERB, Boyko Borissov, aos repórteres após votar.
Uma pesquisa da Gallup International Balkans, veiculada na sexta-feira pela Rádio Nacional da Bulgária, colocou o GERB à frente com 26,1% dos votos, seguido por dois partidos em uma disputa acirrada pelo segundo lugar.
O reformista PP e o partido ultranacionalista e pró-Rússia Renascimento apareceram com 16,2% e 14,9%, respectivamente. A mesma pesquisa projetou o comparecimento dos eleitores nas urnas em 31,1%.