Buscas em terremoto na Indonésia são prorrogadas por um dia
Medida atende a apelo de familiares de vítimas
Autoridades indonésias decidiram prorrogar até a próxima sexta-feira (12) as buscas por sobreviventes do terremoto de 7,5 graus na escala Richter seguido de tsunami que atingiu a ilha de Sulawesi Central, no arquipélago asiático, no último dia 28 de setembro. A medida atendeu a um apelo de familiares de desaparecidos, segundo a Defesa Civil local.
O balanço de mortes chegou a 2.073 nesta quinta-feira (11) mas o número ainda pode aumentar, já que as equipes de resgate não conseguiram chegar a todas as áreas atingidas. Outros cinco mil moradores ficaram desabrigados sendo que a cidade de Palu concentra a maior parte das vítimas.
O porta-voz da agência nacional de mitigação de desastres, Sutopo Nugroho, afirmou que a região precisará de pelo menos dois anos para ser reconstruída. A força do sismo fez com que o solo úmido das localidades de Balaroa, Petobo e Jono Oge fosse liquefeito, fenômeno que praticamente sugou bairros inteiros.
Os números oficiais dão conta de que haja 680 desparecidos, mas autoridades estimam que a quantidade pode chegar aos milhares. A ONG "Save the Children", que protege direitos das crianças, estima que pelo menos 1,5 mil menores estejam entre os desaparecidos.
O governador de Sulawesi Central, Longki Djanggola, estendeu para até o próximo dia 26 o decreto de estado de emergência na região. Mais de dez mil pessoas estão mobilizadas nos esforços de resgate.
Novo tremor
Um novo sismo, de 6.0 graus na escala Richter, atingiu a ilhas de Java e Bali na madrugada desta quinta-feira (11) e matou ao menos três pessoas. O epicentro foi registrado no mar de Bali, 40 quilômetros a nordeste de Sumberanyar, a uma profundidade de 10,4 km. Os encontros anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial acontecem nesta semana em Bali, com a presença de 19 mil delegados, incluindo ministros, chefes de instituições e líderes políticos.