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Caça a ovos de Páscoa chega ao universo virtual por restrições ao novo coronavírus no Reino Unido

9 abr 2020 - 11h35
(atualizado às 12h48)
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O confinamento britânico devido ao novo coronavírus põe em risco a anual corrida por chocolates na Páscoa.

Ovos de Páscoa em supermercado em Hemel Hempstead, no Reino Unido
08/04/2020 REUTERS/Paul Childs
Ovos de Páscoa em supermercado em Hemel Hempstead, no Reino Unido 08/04/2020 REUTERS/Paul Childs
Foto: Reuters

Com grandes reuniões familiares sem chances de ocorrer, amigos e parentes não conseguem encontrar e entregar ovos de Páscoa e outras guloseimas, e os sites das fabricantes de chocolate estão lutando para atender a uma demanda excepcionalmente alta por entregas neste fim de semana.

Os ovos de Páscoa estão à venda nas lojas, mas os clientes que, de fato, arriscam a aventura se concentram mais em estocar itens básicos, como massas e alimentos enlatados.

A fabricante de ovos cremosos Cadbury, de propriedade do grupo norte-americano Mondelēz, informou que a demanda por seus produtos nas lojas estava menor do que o habitual neste ano, mas o tráfego em seu site aumentou cinco vezes.

A empresa se associou a uma startup dinamarquesa, cujo software cria filas virtuais para impedir a queda de sites de varejo. Essas filas podem chegar a mais de cem mil clientes diariamente e, quando um comprador chega à sua vez, ele tem apenas 10 minutos para efetuar o pedido.

"Estamos trabalhando o tempo todo para garantir que os pedidos sejam cumpridos", disse o porta-voz da Mondelēz, David Mills.

Os concorrentes enfrentam problemas semelhantes.

A Thorntons parou de receber novos pedidos em seu site nesta quinta-feira, enquanto a suíça Lindt & Spruengli disse nesta semana que os prazos de entrega foram estendidos para uma semana e direcionou os clientes para supermercados e a Amazon como alternativas.

A Lindt informou que o fechamento de muitas de suas lojas e o número reduzido de pessoas em aeroportos atingiram seus negócios, mas apontou que houve um aumento nas vendas pelo comércio eletrônico, oferecendo entrega em domicílio.

Dados da Mintel mostraram que os gastos britânicos com presentes de Páscoa atingiram 1,14 bilhão de libras no ano passado, com metade dos clientes comprando chocolate durante um dos períodos mais movimentados do calendário do mercado no Reino Unido.

A holandesa Tony's Chocolonely informou que as vendas em seu site no Reino Unido foram cerca de 10 vezes mais altas do que o normal, pois os britânicos buscavam consolo no chocolate durante o confinamento.

"Eu acho que (os ovos de Páscoa)...definitivamente estão sendo priorizados, especialmente pelos varejistas", disse Ben Greensmith, gerente da Tony no Reino Unido.

Forçada a cancelar a busca pública e ao ar livre pelo ovo de Páscoa, a Cadbury tentou adaptar a tradição para o universo online e está convidando pessoas que já têm os produtos a exibir seus esconderijos favoritos da casa, postando fotos nas mídias sociais.

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