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Caçada por origem do ataque com pagers no Líbano chega a Bulgária e Noruega

19 set 2024 - 16h02
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A Bulgária e a Noruega se tornaram nesta quinta-feira os novos pontos focais de uma caçada global para entender quem forneceu ao Hezbollah milhares de pagers que explodiram no Líbano nesta semana, em ato que abalou o grupo militante.

Fontes de segurança disseram que Israel foi responsável pelas explosões de terça-feira, que mataram 12 pessoas, feriram mais de 2.300 e elevaram a tensão do crescente conflito entre os dois lados. Israel não comentou diretamente sobre os ataques.

Ainda não se sabe como e com qual ajuda o ataque com pagers foi realizado, embora algumas pistas levem a Taiwan, Hungria e Bulgária.

Não está claro como e quando os pagers foram transformados em armas que pudessem ser detonadas à distância. A mesma dúvida recai sobre as centenas de rádios portáteis usados pelos Hezbollah e que explodiram na quarta-feira, em uma segunda onda de ataques.

Uma teoria advoga que os pagers foram interceptados e armados com explosivos após deixarem as fábricas. Outra diz que Israel estava por trás de toda a cadeia de suprimentos.

Autoridades búlgaras afirmaram nesta quinta-feira que o Ministério do Interior e os serviços de segurança do país abriram uma investigação sobre a possível ligação de uma empresa com os fatos. O nome da companhia não foi divulgado.

A imprensa local afirmou que a Norta Global Ltd, com sede em Sófia, serviu como facilitadora da venda de pagers ao Hezbollah. Citando fontes de segurança, a emissora de televisão bTV informou que 1,6 milhão de euros relativos à aquisição passaram pela Bulgária, sendo depois enviados à Hungria. A Reuters não conseguiu verificar imediatamente essa informação.

Emails enviados para um email da Norta listado nos registros corporativos búlgaros foram retornados. O fundador da empresa se negou a comentar sobre o assunto.

Imagens dos pagers destruídos foram analisadas pela Reuters e possuíam um design consistente com aparelhos da fabricante Gold Apollo, de Taiwan. A empresa afirmou na quarta-feira que os dispositivos foram feitos pela BAC Consulting, uma empresa com sede na capital da Hungria, Budapeste.

A proprietária e CEO da BAC Consulting, Cristiana Barsony-Arcidiacono, não respondeu aos pedidos para que comentasse sobre o tema.

Na quarta-feira, ela disse à emissora NBC News que a empresa trabalha com a Gold Apollo, mas que não tem relação com a fabricação dos pagers. "Sou apenas uma intermediária. Acho que você entendeu errado", disse.

Usando fontes, o website húngaro Telex informou que a venda foi facilitada pela Norta Global Ltd.

O conteúdo do website da Norta Global, globalnorta.com, foi deletado nesta quinta-feira. A página anterior tinha versões em inglês, búlgaro e norueguês, e citava serviços como consultoria, integração tecnológica, recrutamento e outsourcing.

O fundador da empresa, Rinson Jose, vive na Noruega. Ele se negou a responder sobre os pagers, e desligou o telefone quando foi perguntado sobre o negócio na Bulgária.

Barsony-Arcidiacono, da BAC Consulting, entregou o seu apartamento em Budapeste na quarta-feira, disse um vizinho à Reuters. A porta estava entreaberta na quarta, mas fechada na manhã desta quinta-feira, afirmou um repórter da Reuters que esteve no local. Ninguém atendeu a campainha.

Uma fonte de segurança libanesa disse à Reuters que o Hezbollah acreditava que tinha comprado os pagers da Gold Apollo e que eles seriam produzidos na Ásia, não na Europa.

A fonte disse que o Hezbollah considera muito mais fácil para a agência israelense de espionagem, Mossad, atuar na Hungria. "É possível que o Mossad tenha criado uma empresa europeia", afirmou.

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