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Cadáver achado no Etna pode ser de repórter que sumiu em 1970

Procuradoria de Catânia ordenou exame de DNA

12 nov 2021 - 15h12
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Um cadáver encontrado recentemente dentro de uma gruta subterrânea na encosta do vulcão Etna pode ser do jornalista italiano Mauro de Mauro, desaparecido desde 16 de setembro de 1970.

    A hipótese surgiu após a filha do profissional, Franca de Mauro, ter lido nos jornais que o corpo tinha malformações no nariz e na boca, assim como seu pai, e que deve ter falecido "a partir dos anos 1970".

    O repórter sumiu de sua casa em Palermo durante a época em que colaborava na produção de um filme de Francesco Rosi sobre a morte do político, empresário e combatente da Resistência italiana Enrico Mattei.

    Entre as pistas seguidas naqueles anos, os investigadores apontavam que De Mauro poderia ter encontrado alguma relação da morte com o grupo mafioso Cosa Nostra e que, por isso, foi assassinado. O famoso "chefe dos chefes" da máfia, Salvatore Totò Riina, foi processado, mas inocentado da acusação de homicídio.

    Após a notificação feita por Franca à Guarda de Finanças de Catânia, a Procuradoria anunciou que determinou que seja realizado um exame de DNA para verificar se o cadáver é realmente de De Mauro. No entanto, a mulher não reconheceu nenhum dos itens que estavam junto ao corpo, como as roupas ou o relógio.

    O jornal "La Repubblica" publicou nesta sexta-feira (12) que, entre os pertences encontrados no local, estava uma folha do jornal "La Sicilia" datado de outubro de 1978. O pedaço da página estava enrolado em uma garrafa de água. Já o relógio era da marca Omega e marcou como última hora às 10h55.

    Se confirmado que o corpo é de De Mauro, isso significa que ele ainda teria permanecido vivo por oito anos após o desaparecimento. .

Ansa - Brasil
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