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Caderneta de alimentação volta a ganhar força em Cuba por pandemia de coronavírus

23 abr 2020 - 16h44
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O sistema de racionamento usado durante décadas em Cuba, que estava com data marcada para ser encerrado, voltou a ganhar força durante a pandemia de coronavírus para tentar evitar que os cubanos se exponham ao novo vírus saindo para fazer compras sem controle.

Mulher mostra sua "libreta" em mercado de Havana
22/04/2020
REUTERS/Stringer
Mulher mostra sua "libreta" em mercado de Havana 22/04/2020 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

No mês passado, a ilha comunista fechou suas fronteiras para viajantes, interditou escolas e ordenou o uso de máscaras na tentativa de conter o vírus, enviando médicos e estudantes de medicina para monitorarem a população.

Mas as filas de horas diante dos supermercados, causadas pela escassez generalizada de produtos básicos, podem minar a reação do país à disseminação da doença, o que poderia resultar em focos de infecção.

Para combatê-las, as autoridades acrescentaram neste mês mais produtos à caderneta de alimentação mensal dos cubanos --conhecido localmente como "libreta"-- e começou a experimentar o comércio virtual e opções de entrega.

A esperança é que os consumidores não saiam de seus bairros para formar longas filas em lojas por já saberem que seus alimentos já estão garantidos na loja da vizinhança.

Simultaneamente, as autoridades cubanas, que até agora confirmaram 1.235 casos de coronavírus e 43 mortes, fecharam alguns dos maiores supermercados e suspenderam o transporte público.

"Bem quando parecia que estava desaparecendo, a ´libreta´ ganhou um fôlego novo", disse o economista cubano Omar Everleny.

Cuba adotou a "libreta" pouco após a revolução de esquerda de Fidel Castro, em 1959, para garantir um nível de sobrevivência de itens básicos altamente subsidiados como arroz, feijão, açúcar e café para todos levando em conta as sanções dos Estados Unidos.

((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

REUTERS PF

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