Câmara dos EUA aprova projeto para bloquear greve ferroviária e autoriza licença médica remunerada
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira um projeto de lei para barrar uma possível greve ferroviária com potenciais efeitos debilitantes e para exigir licença médica remunerada a trabalhadores ferroviários.
Os parlamentares aprovaram por 290 votos a 137 a imposição de um acordo provisório de contrato alcançado em setembro a uma dúzia de sindicatos que representam 115.000 trabalhadores, depois que o presidente norte-americano, Joe Biden, alertou sobre o impacto catastrófico de uma paralisação ferroviária que poderia começar já em 9 de dezembro.
A Câmara aprovou separadamente por 221 a 207 a garantia de sete dias de licença médica remunerada aos funcionários das ferrovias, mas a medida enfrenta destino incerto no Senado. Democratas e alguns republicanos expressaram indignação com a falta de licença médica remunerada de curto prazo para trabalhadores ferroviários.
"Sabemos que muito mais precisa ser feito para os trabalhadores ferroviários", disse a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, antes da votação.
"Ninguém deve correr o risco de perder o emprego por ficar em casa doente, precisar consultar um médico ou precisar fazer uma cirurgia para salvar sua vida."
Uma greve ferroviária poderia congelar quase 30% das remessas de carga dos EUA em peso, atiçar a inflação já crescente, e custar à economia americana até 2 bilhões de dólares por dia, além de deixar sem serviço os passageiros ferroviários suburbanos e de trens da Amtrak.
Após a votação, Biden pediu ao Senado que agisse "com urgência".
"Sem a certeza de uma votação final para evitar uma paralisação nesta semana, as ferrovias começarão a interromper o movimento de materiais críticos, como produtos químicos para limpar nossa água potável, já neste fim de semana", disse o presidente em um comunicado.