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Canadá manterá restrições na fronteira com os EUA por um tempo "significativo", diz premiê

17 abr 2020 - 10h27
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As restrições na fronteira do Canadá com os Estados Unidos serão mantidas "por um período de tempo significativo" enquanto os dois países lutam com o surto de coronavírus, disse o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, na quinta-feira.

Premiê canadense, Justin Trudeau, durante entrevista coletiva em Ottawa
16/04/2020 REUTERS/Blair Gable
Premiê canadense, Justin Trudeau, durante entrevista coletiva em Ottawa 16/04/2020 REUTERS/Blair Gable
Foto: Reuters

No mês passado, Washington e Ottawa concordaram em conter as viagens não essenciais, mas permitir a circulação comercial ao longo da divisa extensa que compartilham.

"Daqui em diante se dará uma atenção especial a este relacionamento. Mas ao mesmo tempo sabemos que existe um período de tempo significativo, ainda, antes de podermos falar em afrouxar tais restrições", disse Trudeau em um briefing diário.

Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse aos repórteres que os vizinhos estão "indo bem", e acrescentou: "Será uma das primeiras fronteiras a serem liberadas".

As duas economias são altamente integradas, e permitir a manutenção do comércio evitou grandes problemas para o setor automotivo e também para o de transporte de alimentos e remédios.

Embora o governo Trudeau tenha usufruído de boas relações com a gestão Trump nos últimos 18 meses, as tensões persistem. No mês passado, Ottawa rejeitou uma proposta norte-americana de mobilização de tropas na divisa para combater a disseminação do novo coronavírus, o que levou Washington a abandonar o plano.

Um total de 1.193 pessoas haviam morrido em decorrência do coronavírus no Canadá até as 19h de quinta-feira, mostraram dados publicados pela agência nacional de saúde.

O número total de diagnosticados com o coronavírus subiu para 30.092.

Autoridades médicas acreditam que o número de mortos estará entre 1.200 e 1.620 até a próxima terça-feira, disse Theresa Tam, a principal autoridade de saúde da nação, em um briefing.

Ela repetiu comentários que fez na quarta-feira sobre estar cautelosamente confiante de que o surto pode estar diminuindo.

Quando ele terminar, a economia canadense pode precisar de um par de anos para recuperar o terreno perdido por causa da doença, disse o presidente do Banco do Canadá, Stephen Poloz.

Ottawa já anunciou mais de 110 bilhões de dólares canadenses em gastos diretos com medidas para ajudar pessoas e negócios a lidarem com os estragos econômicos.

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