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Candidato da oposição confia que militares garantirão respeito aos resultados na Venezuela

25 jul 2024 - 13h19
(atualizado às 15h52)
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O candidato da oposição da Venezuela, Edmundo González, disse nesta quinta-feira que está confiante de que as Forças Armadas do país respeitarão os resultados da eleição presidencial de domingo, enquanto ele e seu rival, o presidente Nicolás Maduro, se preparam para o encerramento da campanha.

González atraiu um apoio significativo, inclusive de ex-apoiadores do partido governista, mas a oposição e alguns observadores têm questionado se a votação será justa, dizendo que as decisões das autoridades eleitorais e as prisões de alguns membros da equipe de campanha da oposição têm como objetivo criar obstáculos.

"Vamos ganhar e vamos cobrar e confiamos em nossas Forças Armadas para fazer com que a vontade de nosso povo seja respeitada. Milhões de venezuelanos querem mudança", disse González em uma coletiva de imprensa ao lado da líder da oposição María Corina Machado.

O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, disse na quarta-feira que as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas farão tudo o que estiver dentro da estrutura do chamado Plano República, que fornece segurança aos centros e ao material eleitoral, e aguardarão a decisão a ser anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral.

"O que ganhou vai governar, em cima de seu projeto de governo, e o que perdeu que vá descansar", destacou Padrino.

González, um ex-diplomata de 74 anos, herdou o grande apoio de Machado, uma popular líder da oposição que teve mantida em janeiro uma desqualificação para ocupar cargos públicos, apesar de uma vitória retumbante nas primárias da oposição em outubro.

Maduro, que está no poder desde 2013 e está buscando seu terceiro mandato de seis anos, disse que o país tem o sistema eleitoral mais transparente do mundo e alertou sobre um "banho de sangue" se ele perder.

O procurador-geral do país, Tarek Saab, negou esta semana estar envolvido em perseguição política ou manter presos políticos e disse que as eleições serão pacíficas.

O governo de Maduro, de 61 anos, viu um colapso econômico, a migração de cerca de um terço da população e relações diplomáticas muito tensas, encabeçadas por sanções impostas pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por outros países que atingiram o setor petrolífero.

"Pequenos, médios e grandes empresários nacionais e internacionais sabem que Maduro tem palavra, que é um governo de diálogo e consenso, e sabem que somente conosco seus investimentos estão garantidos e renderão bons e grandes frutos", disse o presidente nesta quinta-feira.

Machado, uma engenheira industrial de 56 anos, dedicou-se à campanha para González, que aparecerá na cédula de três partidos. Ela pediu aos eleitores que chegassem cedo às seções eleitorais no domingo e ficassem o dia todo depois de votar.

Ela também pediu aos que têm motocicletas e carros que ajudem a transportar outros eleitores cujas seções eleitorais ficam longe de suas casas.

"Vamos fazer valer o que dizem os votos e as folhas de contagem", disse Machado, acrescentando que o medo se dissipou em meio ao entusiasmo pelas eleições.

Maduro, cujo rosto aparecerá nas cédulas de 13 partidos, diz que garantirá a paz e o crescimento econômico que tornará a Venezuela menos dependente das receitas do petróleo.

O comentário de Maduro sobre o banho de sangue atraiu críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o Tribunal Superior Eleitoral do Brasil e o ex-presidente argentino Alberto Fernández disseram na quarta-feira que tinham se retirado da função de observadores eleitorais.

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