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Mundo

Carnaval de Notting Hill celebra a diversidade de Londres após ataques racistas

26 ago 2024 - 16h02
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A ativista Claudia Jones, de Trinidad e Tobago, organizou em 1959 um carnaval caribenho no St Pancras Town Hall, em Londres, em resposta a tumultos causados por tensões raciais, plantando as sementes do Carnaval de Notting Hill, uma das maiores festas de rua do mundo.

Foliões desta segunda-feira, o segundo dia do carnaval deste ano, disseram que a mensagem de união de Jones nunca foi tão importante, depois de tumultos racistas no final de julho provocados por informações falsas na Internet sobre o suspeito de matar três meninas em um ataque com faca em Southport, no noroeste da Inglaterra.

Matthew Phillip, diretor executivo do carnaval de Notting Hill, disse à Reuters que o evento foi a maior celebração de inclusão do Reino Unido -- "das coisas que temos em comum, em vez de nos concentrarmos em nossas diferenças".

A expectativa é de que a 56ª edição do carnaval atraísse 1 milhão de pessoas às ruas do oeste de Londres para celebrar a diversidade da cidade e sua comunidade caribenha.

O carnaval tem suas raízes nas centenas de milhares de migrantes do Caribe, conhecidos como a geração "Windrush", que vieram para o Reino Unido entre 1948 e 1971 para ajudar a reconstruir o país após a Segunda Guerra Mundial.

Sua chegada foi acompanhada de tensões raciais e do tratamento injusto dos negros, com tumultos em 1958, inclusive no distrito londrino de Notting Hill, onde muitos migrantes caribenhos viviam na época.

"O Carnaval de Notting Hill nasceu em resposta aos tumultos racistas", disse o Runnymede Trust, um think tank sobre igualdade racial. "Esses eventos e a retórica divisiva que os alimentou parecem dolorosamente relevantes hoje em dia."

A polícia de Londres enviou cerca de 7.000 policiais para o evento, que, segundo a polícia, foi visto por uma minoria de pessoas como uma oportunidade para cometer crimes.

A polícia disse que três pessoas foram esfaqueadas no domingo -- uma mulher de 32 anos, que estava em estado crítico no hospital, e dois homens, de 29 e 24 anos. Um total de 103 pessoas foram presas e 18 policiais foram agredidos no domingo, segundo a polícia.

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