Casal de milionários apoiadores de Trump perde filha e neta em acidente aéreo nos EUA

O Cessna Citation V, que sofreu um acidente no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, depois de ser perseguido por caças, pertencia ao milionário John Rumpel. A bordo da aeronave estavam sua filha, sua neta de dois anos e a babá da criança, além do piloto. A família americana estava retornando a Nova York após uma visita à residência do empresário na Carolina do Norte, quando ocorreu o acidente, ainda não esclarecido.

Adina Azarian, de 49 anos, era uma corretora de imóveis especializada em propriedades de luxo no estado de Nova York. Segundo o Real Deal, um site especializado no mercado imobiliário dos Estados Unidos, Azarian concentrava seus negócios na cidade de Nova York e em regiões como os Hamptons.

"Ela é jovem e tem 30 anos de experiência no ramo imobiliário na cidade, sendo totalmente autodidata. Não há ninguém que não a admire", disse Eric Barron, um colega de profissão de Azarian na corretora Keller Williams.

Os pais de Adina, John e Barbara Rumpel, foram descritos pela imprensa americana como doadores do ex-presidente Donald Trump e defensores de leis favoráveis às armas, além de serem associados à National Rifle Association (NRA). Em entrevista ao Washington Post, John Rumpel confirmou que sua filha e neta estavam na aeronave e declarou ter "perdido toda a sua família" no acidente.

"Eu nunca conheci alguém tão gentil como Adina. Essa é a segunda filha que perco, e ela era o ser humano mais maravilhoso que já conheci. A adotamos há alguns anos", disse o empresário em entrevista à rede de televisão americana CBS, referindo-se à morte de sua filha adolescente, Victoria Rumpel, em um acidente de mergulho nos anos 90.

Em homenagem à filha falecida há mais de duas décadas, o casal abriu uma casa de repouso em Melbourne, Flórida, com o nome dela.

De acordo com a FAA, o Cessna decolou de Elizabethton, Tennessee, com destino ao aeroporto de MacArthur, na ilha de Long Island, Nova York. Informações do site Flightaware indicam que a aeronave fez uma curva quase completa de 180 graus quando estava próxima do destino e seguiu em direção a Washington. As autoridades afirmam que irão investigar o caso e ainda estão em busca dos destroços.

Casos semelhantes, nos quais os pilotos não respondem aos contatos da torre de controle, são raros nos Estados Unidos e geralmente geram alertas de segurança. Um desses incidentes ocorreu em 2014, quando duas pessoas a bordo de uma aeronave monomotor perderam a consciência enquanto voavam sobre a Flórida. Dois caças F-15 foram acionados para interceptar o avião, que caiu perto da costa da Jamaica, sem sobreviventes.

Em 1999, o jogador de golfe Payne Stewart foi uma das vítimas de um acidente aéreo no qual ele viajava com outras quatro pessoas. Na época, a investigação mostrou que o Learjet 35 perdeu pressão e todos a bordo perderam a consciência devido à falta de oxigênio, resultando em suas mortes. Durante o voo, ocorreram três interceptações com caças F-16, mas a aeronave caiu no estado de Dakota do Norte.