Casal perde guarda de filho por recusar quimioterapia
O menino, de 4 anos, foi retirado da guarda do casal da Flórida depois de eles terem faltado à sessão de quimioterapia e fugido do estado.
Um garoto de quatro anos de idade que sofre de câncer vai morar com a avó depois que seus pais o impediram de fazer quimioterapia. O menino vive na Flórida, nos Estados Unidos.
A decisão judicial tomada na segunda-feira contra os pais, Taylor Bland e Joshua McAdams, ocorreu depois que sua tentativa de tratamento alternativo chamou atenção nacional.
O garoto foi retirado dos pais depois que eles pararam de levá-lo à quimioterapia e se mudaram do estado.
Os pais estão "obviamente arrasados", disse a advogada do casal à imprensa americana.
"N. está passando por uma experiência médica absolutamente traumática e está fazendo isso sem os pais", disse a advogada Brooke Elvington.
Depois que o garoto, cujo nome a BBC vai omitir, foi diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda em abril, seus pais optaram por tratá-lo com maconha, oxigenoterapia, ervas e água alcalina.
A cannabis medicinal é legal na Flórida.
Em maio, eles perderam a custódia após terem faltado a uma sessão de quimioterapia e "se recusarem a dar seguimento a cuidados médicos que salvam vidas", segundo a polícia.
Busca policial
Eles foram encontrados em Kentucky após uma caçada em vários estados. O menino recebeu ordem de morar com a avó e receber tratamento médico padrão.
Na segunda-feira, o juiz Thomas Palermo, do tribunal do Condado de Hillsborough, disse que a criança enfrentaria "risco substancial de negligência iminente" se fosse devolvida aos pais.
Manter o menino sob a custódia de sua avó materna "é a única maneira de garantir a saúde, a segurança e o bem-estar", disse ele, segundo a NBC News.
A quimioterapia é frequentemente associada a efeitos colaterais debilitantes, mas muitos tipos de quimioterapia moderna causam apenas problemas leves.
De acordo com o Hospital de Pesquisa Infantil de St. Jude, cerca de 98% das crianças com leucemia linfoblástica aguda entram em remissão poucas semanas após o início do tratamento, e cerca de 90% das crianças são curadas.
A advogada de Bland e McAdams disse que o casal está considerando entrar com um recurso.
"[Ele] tem que estar na casa dos pais", disse ela.