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Caso de bebê britânico em estado terminal volta a tribunal após apoio de papa e Trump

10 jul 2017 - 15h45
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A mãe de um bebê em estado terminal expressou nesta segunda-feira a esperança de que um tribunal permita que seu filho viaje do Reino Unido aos Estados Unidos para receber tratamento, depois que o caso ganhou repercussão internacional graças ao presidente norte-americano, Donald Trump, e ao papa Francisco.

Mãe de Charlie Gard, Connie Yates, em Londres. 10/07/2017 REUTERS/Neil Hall
Mãe de Charlie Gard, Connie Yates, em Londres. 10/07/2017 REUTERS/Neil Hall
Foto: Reuters

Connie Yates, cujo filho de 11 meses, Charlie Gard, sofre de uma forma de doença mitocondrial, uma condição genética rara que provoca fraqueza muscular progressiva e dano cerebral, quer que o menino seja enviado aos EUA para uma terapia experimental.

O caso do bebê irá voltar à Alta Corte, o que Connie disse se dever à demonstração de apoio de grande repercussão de Trump e do papa, depois de a família perder um veredicto inicial.

Indagada sobre o impacto do apoio, ela respondeu: "Isso salvou a vida dele até agora".

"(O apoio) transformou isso em uma questão internacional, muitas pessoas estão revoltadas com o que está acontecendo. Você sabe que temos novos indícios agora, então espero que o juiz mude de ideia", disse Connie à rádio BBC.

Ela e o marido, Chris Gard, perderam uma batalha legal para levar o filho aos EUA para fazer a terapia experimental no final do mês passado, quando o Tribunal Europeu de Direitos Humanos manteve a decisão britânica segundo a qual a viagem iria lhe causar um sofrimento desnecessário.

A corte decidiu que o hospital poderia desligar os aparelhos que mantêm o bebê vivo.

Na sexta-feira, o Hospital Pediátrico Great Ormond Street, onde Charlie está sendo tratado, disse querer que o tribunal ouvisse novas provas relacionadas ao caso "à luz de novos indícios a respeito de um tratamento em potencial".

Os pais de Charlie querem que seu filho tenha a oportunidade de tentar um novo tratamento chamado terapia de nucleoside, que acreditam ter ajudado outros com problemas semelhantes.

"Atualmente existem 18 crianças nessa medicação, todas elas têm síndrome mitocondrial, assim como Charlie. A delas é causada por um gene ligeiramente diferente. Todas elas estão ficando mais fortes", disse Connie.

Os novos indícios devem ser apresentados ainda nesta segunda-feira, mas uma decisão não é esperada antes de quinta-feira.

Quando indagada sobre o que farão se a corte arbitrar em seu favor, Connie respondeu que irão "pegar uma ambulância aérea e ir ao hospital que quer tenta salvar a vida dele".

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