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Casos de Covid-19 na Alemanha voltam a crescer exponencialmente, diz instituto

16 mar 2021 - 08h36
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As infecções pelo coronavírus na Alemanha estão crescendo exponencialmente, disse um especialista do Instituto Robert Koch para Doenças Infecciosas (RKI) nesta terça-feira, que acrescentou que o risco de segurança da vacina da AstraZeneca contra a doença é relativamente baixo.

Manifestação contra restrições impostas para conter disseminação do coronavírus em Berlim
13/03/2021 REUTERS/Christian Mang
Manifestação contra restrições impostas para conter disseminação do coronavírus em Berlim 13/03/2021 REUTERS/Christian Mang
Foto: Reuters

O número de casos por 100 mil habitantes relatado nesta terça era de 83,7, contra 68 há uma semana, e o RKI disse que essa métrica pode chegar a 200 em meados do mês que vem.

"Estamos exatamente no flanco da terceira onda (da pandemia de Covid-19). Isso não está mais em discussão. Neste momento, nós flexibilizamos as restrições e isso está acelerando o crescimento exponencial", disse Dirk Brockmann, epidemiologista do RKI, à emissora alemã ARD.

A chanceler alemã, Angela Merkel, e líderes estaduais concordaram neste mês com a flexibilização de restrições juntamente com um "freio de emergência", que permita às autoridades reimpô-las caso a taxa de casos por 100 mil habitantes ultrapasse a marca de 100 por três dias seguidos.

Na segunda, a Alemanha suspendeu a utilização da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, tornando-se o mais recente entre vários países europeus a "pausar" a vacinação com o imunizante após relatos da formação de coágulos sanguíneos em pessoas que o receberam.

A decisão veio depois de uma recomendação do Instituto Paul Ehrlich (PEI), autoridade alemã encarregada da vacinação, depois de sete casos de trombose, incluindo três mortes.

A AstraZeneca disse que a análise de seus dados de segurança, que englobam casos relatados em mais de 17 milhões de doses de vacinas aplicadas, não mostraram evidências de risco crescente de embolia pulmonar, trombose venosa profunda ou trombocitopenia.

Brockmann disse que faz sentido explicar os riscos relativos á população, mas lembrou que 1.000 pessoas em 1 milhão morreram de Covid-19, contra possivelmente 1 em 1 milhão de eventuais complicações associadas à vacina.

"Nos grupos de risco, o risco de morrer de Covid-19 é muito, muito maior. Isso significa que é provavelmente 100 mil vezes mais provável morrer de Covid-19 do que por causa da vacina da AstraZeneca", disse.

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