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Casos de Covid da Índia ficam próximos de altas recordes e crescem apelos por lockdown

10 mai 2021 - 10h17
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As infecções e mortes de coronavírus na Índia ficaram próximas de altas diárias recordes nesta segunda-feira, aumentando os apelos para que o governo do primeiro-ministro, Narendra Modi, adote um lockdown no segundo país mais populoso do mundo.

Mulher cercada por seus parentes recebe um suplemento de oxigênio no Templo Sikh Gurudwara em Ghaziabad, Índia
06/05/2021 REUTERS/Danish Siddiqui
Mulher cercada por seus parentes recebe um suplemento de oxigênio no Templo Sikh Gurudwara em Ghaziabad, Índia 06/05/2021 REUTERS/Danish Siddiqui
Foto: Reuters

As 366.161 infecções novas e as 3.754 mortes relatadas pelo Ministério da Saúde ficaram um pouco abaixo de picos recentes, o que elevou os números da Índia para 22,66 milhões de casos e 246.116 fatalidades no momento em que os hospitais ficam sem oxigênio e leitos e os necrotérios e crematórios superlotam.

Especialistas dizem que as cifras reais da Índia podem ser muito maiores do que as relatadas.

O 1,47 milhão de exames de Covid-19 feitos no domingo representaram o menor número deste mês por ora, mostraram dados do Conselho Indiano de Pesquisa Médica estatal - a média diária dos primeiros oito dias de maio foi de 1,7 milhão.

A quantidade de exames positivos não ficou clara de imediato.

Muitos Estados impuseram lockdowns rígidos nos últimos meses, e outros adotaram restrições à circulação e fecharam cinemas, restaurantes, pubs e shopping centers.

Mas é cada vez maior a pressão para Modi anunciar um lockdown de âmbito nacional, como ele fez durante a primeira onda de infecções no ano passado.

Ele enfrenta críticas por ter permitido enormes aglomerações em um festival religioso e por realizar grandes comícios eleitorais durante os dois últimos meses, apesar da disparada de casos.

"Um erro de governança de proporções épicas e históricas", disse Vipin Narang, professor de ciência política do Instituto de Tecnologia de Massachusetts dos Estados Unidos (MIT), no Twitter.

Sonia Gandhi, chefe do principal partido de oposição Congresso, culpou o governo por abdicar de sua responsabilidade deixando as vacinações a cargo dos Estados, noticiou a ANI, parceira da Reuters, no Twitter.

O Ministério da Saúde de Délhi disse que a cidade está ficando sem vacinas, tendo só de três a quatro dias de suprimentos do imunizante da AstraZeneca, fabricado pelo Instituto Serum da Índia e batizado de Covishield, noticiou o canal de notícias NDTV.

Até esta segunda-feira, a maior nação produtora de vacinas do mundo só havia vacinado 34,8 milhões de habitantes, ou cerca de 2,5% de sua população de aproximadamente 1,35 bilhão, mostram dados do governo.

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