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Agressões de mulheres em Paris e Londres causam indignação

Grupo feminista diz que apenas uma mudança de legislação e cultura pode melhorar as situações de assédio que as mulheres sofrem

31 jul 2018 - 13h22
(atualizado às 13h55)
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A indignação provocada por casos de homens agredindo mulheres nas ruas de Paris e Londres desencadeou pedidos por ações mais eficientes para mudar essas atitudes, no momento em que a França se prepara para aprovar uma lei para punir assédio sexual em público com multas.

Em um vídeo de câmera de segurança que viralizou na internet, um homem pode ser visto dando um tapa no rosto da estudante de 22 anos Marie Laguerre, ao lado de um movimentado café na capital francesa, depois que ela rejeitou seus avanços.

Indignação provocada por casos de homens agredindo mulheres nas ruas de Paris e Londres desencadeou pedidos por ações mais eficientes para mudar essas atitudes na França e no Reino Unido
Indignação provocada por casos de homens agredindo mulheres nas ruas de Paris e Londres desencadeou pedidos por ações mais eficientes para mudar essas atitudes na França e no Reino Unido
Foto: Reuters

"Porque eu reagi a seu assédio, um homem me bateu publicamente na rua, em plena luz do dia, na frente de dezenas de testemunhas. Inaceitável. Parem com o assédio nas ruas", escreveu Marie Laguerre no Twitter.

Em todo o mundo, uma a cada três mulheres e meninas passam por violências físicas ou sexuais, estima a ONU.

A agressão em Paris ocorreu depois que um homem deixou uma jovem inconsciente do lado de fora de uma boate na manhã de sábado em Gants Hill, nos arredores de Londres.

A França anunciou uma série de medidas contra agressão sexual em março, incluindo multas a partir de 90 euros (106 dólares) para casos de assédio sexual nas ruas e a implementação de prazos mais longos para ações judiciais de acusações de estupro.

"Desde que mulheres começaram a compartilhar suas histórias do #MeToo, se tornou claro o predomínio de violência sexual que mulheres enfrentam em todo o mundo", disse Rachel Krys, codiretora do grupo Fim à Violência Contra Mulheres no Reino Unido.

"Mas, nós precisamos de mais do que uma mudança na lei --precisamos de uma mudança cultural, e de mais provisões e aconselhamento para vítimas de violência sexual", disse à Thomson Reuters Foundation.

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