Casos no Equador passam de 10 mil e dobram a cada semana
A doença está devastando a economia do país produtor de petróleo.
O Equador relatou mais de 10 mil casos de coronavírus nesta segunda-feira (20), a quarta maior cifra da América Latina, o que mostra que a doença está devastando a economia do país produtor de petróleo.
Nas últimas semanas, a pandemia sobrecarregou as autoridades sanitárias de Guayaquil, a maior cidade e o centro do surto no país, onde corpos permaneceram nas casas ou nas ruas durante horas.
O Equador registrou seu primeiro caso de coronavírus no dia 29 de fevereiro e demorou 24 dias para chegar a mil casos, sete dias para alcançar 2 mil, oito dias para dobrá-los para 4 mil e mais oito dias para voltar a dobrá-los para 8 mil, de acordo com uma contagem da Reuters.
Segundo dados registrados pelo Ministério da Saúde, o país tem um total de 507 mortes. Autoridades disseram acreditar que outras 82 pessoas morreram devido ao vírus, mas os casos nunca foram confirmados.
O governo equatoriano informou que os casos confirmados estão, na maioria, "estáveis em isolamento domiciliar", acrescentando que foram coletadas 32.453 amostras para detectar a Covid-19.
O número de infecções vem aumentando constantemente no país, apesar das restrições à circulação e à quarentena em vigor há um mês. "Contanto que as pessoas cumpram este isolamento de uma maneira disciplinada e comprometida, conseguiremos conter o contágio", disse o vice-ministro da Saúde, Xavier Solórzano, aos repórteres em uma coletiva de imprensa.
O governo tem tido dificuldade em impor as medidas em várias partes do país, onde pessoas infectadas foram flagradas circulando em ruas e shoppings centers.