Cauteloso sobre política de Biden para o Irã, Israel revisita opções militares, diz jornal
Israel está revisando opções militares para um possível confronto com o Irã, noticiou um jornal israelense na quinta-feira, enquanto o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se prepara para divergências com o novo governo dos Estados Unidos sobre a política nuclear iraniana.
O presidente dos EUA, Donald Trump, agradou Netanyahu ao desistir do acordo nuclear de 2015 com o Irã e reimpor sanções que tinham sido suspensas em troca de limites às atividades que poderiam, potencialmente, produzir armas nucleares no futuro.
Teerã respondeu violando muitas dessas restrições. O presidente eleito Joe Biden quer voltar ao acordo se Teerã --que nega buscar a bomba-- voltar ao cumprimento rígido do pacto.
Israel, alarmado com a retórica iraniana de que é um Estado que não deveria existir, desconfia da linha mais branda, embora as ameaças de ação militar dos EUA sob Trump não tenham impedido os movimentos nucleares do Irã.
Um artigo de primeira página no jornal de maior circulação de Israel informou que os militares estão elaborando três opções para "minar os esforços nucleares do Irã ou, se necessário, conter a agressão iraniana, que em breve serão apresentadas ao governo".
O jornal, Israel Hayom, não citou nenhuma fonte. Mas publicou uma declaração do ministro da Defesa, Benny Gantz: "Israel precisa ter uma opção militar sobre a mesa."
Israel tem planos há muito tempo para combater o Irã. O artigo parece ter o objetivo de sinalizar que eles agora estão sendo atualizados.