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CEO da Volkswagen renuncia ao cargo após escândalo de fraude

Martin Winterkorn assumiu fraude em testes nos EUA

23 set 2015 - 13h22
(atualizado às 13h35)
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Martin Winterkorn, CEO da Volkswagen, em maio de 2015 durante reunião de acionistas em Hanover, na Alemanha
Martin Winterkorn, CEO da Volkswagen, em maio de 2015 durante reunião de acionistas em Hanover, na Alemanha
Foto: Alexander Koerner / Getty Images

Após o escândalo que abalou a imagem da Volkswagen no mundo, o CEO da montadora, Martin Winterkorn, anunciou sua demissão do cargo nesta quarta-feira (23). A medida foi divulgada após uma reunião em que o CEO prestou esclarecimentos ao conselho de supervisão da marca. 

"Precisamos de um novo começo. No quadro desse novo início, o CEO Martin Winterkorn propôs sua demissão e a presidência aceitou", afirmou em nota o conselho.

O anúncio ocorre três dias após a empresa ter assumido que fraudou resultados na emissão de testes antipoluição nos Estados Unidos, fato que teria afetado cerca de 11 milhões de veículos.

De acordo com o jornal britânico "The Guardian", essa adulteração pode provocar a emissão de uma tonelada de gases poluentes ao ano. A descoberta fez com que o governo alemão abrisse uma investigação sobre a empresa, para apurar o que de fato aconteceu e punir os responsáveis pelo escândalo em uma das marcas-símbolo da Alemanha.

Ainda hoje, a porta-voz da União Europeia para o Mercado Interno, Lucia Caudet, encorajou "todos os Estados-membros a realizar as investigações necessárias e informar a Comissão Europeia" sobre as descobertas. A dúvida é que a fraude possa ter ocorrido também em carros produzidos no continente.

Segundo Caudet, o bloco econômico tem "tolerância zero" para casos desse tipo. Apesar desta quarta ter marcado uma retomada positiva nas ações da Volks, que fechou em alta de 7,92% na Bolsa de Frankfurt, a empresa acumulou perdas de 24 bilhões de euros nos últimos dois dias.

Fonte: Ansa
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