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'Cérebro entrou em modo pânico', diz testemunha nos EUA

2 out 2015 - 07h23
(atualizado às 08h13)
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Testemunhas do ataque que deixou ao menos nove mortos nesta quinta-feira em uma faculdade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos, descreveram momentos de pânico e caos após o tiroteio.

Em discurso duro, presidente Barack Obama pediu leis mais rígidas contra posse de armas e disse que ataques se tornaram 'rotina'
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Foto: EFE

Um homem identificado como Chris Harper Mercer, de 26 anos, abriu fogo contra estudantes na Umpqua Community College, em Roseburg, por volta das 14h30 (horário de Brasília), antes de ser morto por policiais. Pelo menos sete pessoas se feriram.

Alunos que estavam no prédio em que ocorreu o ataque conversaram com diferentes meios de comunicação sobre o atentado.

'Era um caos'

Hannah Miles, de 19 anos, estava em uma aula de redação quando a professora recebeu um telefonema informando que o centro de estudos estava em situação de emergência.

"Olhei em volta e vi pessoas saindo aos montes do prédio. Estavam chorando, era um caos, ninguém sabia o que estava acontecendo", disse.

Ela contou que um grupo de alunos buscou refúgio em uma livraria. De lá, os estudantes chamaram a polícia.

"Fomos para um quarto nos fundos, poucas pessoas, e não sabíamos direito o que estava acontecendo. Ouvimos o que pareciam tiros. Trancamos as portas e depois ouvimos mais três ou quatro tiros. Todos se olharam e percebemos que alguma coisa estava acontecendo, que aquilo era real."

'Cérebro em modo de pânico'

Na parte inferior esquerda da imagem, a faculdade em Roseburg que foi cenário do atentado
Na parte inferior esquerda da imagem, a faculdade em Roseburg que foi cenário do atentado
Foto: Divulgação/BBC Brasil

Brandy Winder, estudante de 23 anos que se mudou recentemente de Portland a Roseburg, afirmou à CNN que estava em uma aula ao lado do local do ataque. "Ouvi ao menos nove tiros", disse.

"Há uma porta que conecta nossa sala com aquela, e minha professora ia fechá-la", contou Winder, "mas perguntou em voz alta: 'estão todos bem?', e então ouvimos muito mais tiros. Ficamos todos gelados por um segundo."

"Ouvimos pessoas gritarem do outro lado, e então todo mundo fugiu. Alguns pularam as mesas, jogando coisas pelo caminho."

Todas as salas do prédio em que houve o ataque têm saídas externas - não há corredores.

"Conforme corríamos, acho que houve mais tiros, mas meu cérebro estava em modo de pânico, concentrado apenas em correr o mais rápido que podia."

Mochilas como escudos

Cassandra Welding também estava em uma sala adjacente ao cenário do ataque e contou ter visto um colega receber um tiro ao abrir uma porta que conectava as duas salas.

"Fechamos as portas e apagamos as luzes. Estávamos todos em pânico", afirmou a estudante ao jornal. "Colocamos as mochilas na frente, cadeiras, qualquer coisa que podíamos, para nos proteger caso o agressor entrasse."

Ela disse que muitos estudantes começaram a ligar para o serviço de emergência ou para a família para dizer palavras de carinho, porque não sabiam se iriam sobreviver.

Terror e pânico

A estudante de enfermaria Melody Boqua, em entrevista à CNN, contou ter ficado escondida com colegas por mais de uma hora. "Foi aterrorizante, tantas coisas passam pela cabeça. Rezei, pensei em minha família e nos amigos", disse ela, que contou ter deixado o telefone de lado para evitar fazer barulho.

A estudante do primeiro ano deixou tudo para trás: telefone, bolsa e livros. "Era um caos completo, de terror e pânico."

Kortney Moore disse ao jornal local que o atirador entrou na sala depois de atirar pela janela. Ela disse ter visto o professor ser atingido por um disparo na cabeça. 

O agressor exigiu que todos se sentassem e depois foi pedindo a todos que dissessem qual era sua religião antes de abrir fogo.

Agressor de cadela vai limpar canil da polícia no RJ:
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