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Certares vence Lufthansa em disputa pela ITA Airways

Governo italiano abriu negociações exclusivas com o grupo

31 ago 2022 - 08h09
(atualizado às 08h24)
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O governo da Itália abriu negociações exclusivas com um consórcio formado por Certares, Delta Air Lines e Air France-KLM para a venda da ITA Airways, companhia aérea estatal criada para substituir a Alitalia.

ITA Airways é totalmente controlada pelo governo italiano
ITA Airways é totalmente controlada pelo governo italiano
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Por meio de um comunicado divulgado nesta quarta-feira (31), o Ministério do Tesouro diz que a oferta do trio "foi considerada mais alinhada com os objetivos fixados", superando a proposta da empresa alemã Lufthansa e do grupo suíço de navegação MSC.

"Após a conclusão da negociação exclusiva, a assinatura dos acordos vinculantes será feita apenas na presença de conteúdos plenamente satisfatórios para o acionista público", afirma a nota do governo, que detém 100% das ações da ITA e deseja manter uma fatia minoritária.

A Certares é uma empresa de private equity dos Estados Unidos com forte atuação no setor aéreo, incluindo uma participação na companhia brasileira Azul. Sua oferta prevê uma parceria comercial com a americana Delta e o grupo franco-holandês Air France-KLM, que já foi acionista da Alitalia.

Derrotada na disputa, a Lufthansa divulgou uma nota em que afirma que o governo italiano escolheu uma proposta que permitirá uma "maior influência do Estado" na gestão da ITA. "Do nosso ponto de vista, nossa oferta com a MSC era e continua sendo a melhor solução", acrescenta o comunicado.

A Italia Trasporto Aereo (ITA) foi criada para superar de forma definitiva a crônica crise na agora extinta Alitalia, que deixou de operar em outubro de 2021. A nova empresa nasceu com cerca de 8 mil funcionários a menos e uma frota mais enxuta, além de não ter relação com os passivos deixados por sua antecessora.

O objetivo do gabinete do premiê Mario Draghi é concluir a transação rapidamente para evitar que a troca de governo após as eleições de 25 de setembro paralise o processo. A candidata líder nas pesquisas, Giorgia Meloni, de extrema direita, já indicou que poderia rever a venda da ITA e até mantê-la como empresa estatal.

Ansa - Brasil
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