Chefe da diplomacia da UE acusa Rússia de fascismo
O alto representante para Política Externa da União Europeia, Josep Borrell, classificou nesta segunda-feira (5) as autoridades da Rússia como um "regime fascista".
A declaração foi dada durante um discurso virtual na Conferência Interparlamentar de Praga sobre a resposta à agressão da Ucrânia, de acordo com a Europa Press.
"Não temos um plano concreto para derrotar o regime fascista russo, mas minha tarefa é mais modesta e é ajudar a Ucrânia de forma unida, além de continuar as discussões com atores internacionais para aplicar as sanções adotadas", disse Borrell.
Iniciada em 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa foi justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, como uma necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, mas tem sido condenada pela comunidade internacional.
Durante seu discurso, inclusive, o chefe da diplomacia da UE também alertou para a redução dos arsenais dos Estados-membros do bloco com a entrega de armas e munições à Ucrânia para responder à invasão russa e apelou para uma maior coordenação.
"As reservas militares de muitos Estados-membros foram, não diria esgotadas, mas fortemente reduzidas porque temos estado a fornecer muita capacidade [militar] aos ucranianos", declarou Borrell, enfatizando que é preciso repor e a "melhor e a mais barata maneira é ser feita conjuntamente".
Após a crítica feita pelo executivo da UE, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou à agência russa Tass que "Borrell anulou-se totalmente como diplomata, definindo a Rússia como um regime fascista".
"Com essas declarações, Borrell se desqualifica completamente como diplomata. É claro que nenhuma de suas declarações sobre a Rússia ou sobre as relações com a Rússia serão relevantes a partir de agora", concluiu Peskov. .