Chefe da OMS diz querer trabalhar "muito estreitamente" com governo Biden
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Gebreyesus, saudou nesta segunda-feira os esforços para fortalecer a entidade sediada em Genebra através de reformas e disse que espera trabalhar estreitamente com o governo do presidente-eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.
O financiamento da OMS precisa se tornar mais flexível e previsível para encerrar um "grande desalinhamento" entre expectativas e recursos disponíveis, disse o diretor-geral, citando iniciativas de reforma da França, Alemanha e União Europeia.
"Ainda temos muito trabalho a fazer, mas acreditamos que estamos no caminho certo", disse Tedros a ministros da Saúde na retomada da reunião anual da OMS, que agrupa 194 países.
O presidente norte-americano, Donald Trump, congelou o financiamento de seu país à OMS e iniciou um processo de desfiliação que seria concluído em julho próximo, atraindo críticas internacionais abrangentes em meio à crise da Covid-19. Ele acusa a OMS de ser "sinocêntrica" na maneira como enfrenta a pandemia, o que Tedros negou várias vezes.
Biden, que convocará uma força-tarefa contra o coronavírus nesta segunda-feira, disse durante a campanha que revogará a decisão de Trump de abandonar a OMS em seu primeiro dia no cargo.
Tedros exortou a comunidade internacional a recuperar o sentimento do propósito comum, acrescentando: "Neste espírito, parabenizamos o presidente-eleito, Joe Biden, e a vice-presidente-eleita, Kamala Harris, e esperamos trabalhar com este governo muito estreitamente".