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Chefe da Unrwa vai à Assembleia Geral da ONU em busca de apoio

Agência para palestinos vive crise após acusações de Israel

4 mar 2024 - 15h28
(atualizado às 15h37)
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O comissário geral da Unrwa, agência da ONU que dá assistência a refugiados palestinos, Philippe Lazzarini, foi nesta segunda-feira (4) ao Palácio de Vidro, sede da ONU em Nova York, para defender a instituição diante da Assembleia Geral.

A continuidade da agência, vista como "espinha dorsal" da ajuda humanitária em Gaza, está ameaçada, após acusações israelenses contra seus funcionários por suposto envolvimento com o Hamas.

No fim de fevereiro, em uma carta, Lazzarini pediu ajuda, destacando que a agência "chegou a um momento crítico, com os repetidos apelos de Israel para que seja desmontada e pelo congelamento dos financiamentos de doadores diante de uma situação sem precedentes de necessidades humanitárias em Gaza".

No texto, ele pediu o "apoio político" dos Estados-membros.

Países como os Estados Unidos e a Itália suspenderam o financiamento à Unrwa após a demissão, pela própria agência, de funcionários que, segundo Israel, teriam ligação com os ataques de 7 de outubro de 2023.

O montante total congelado chega a US$ 450 milhões (R$ 2,2 bilhões), o equivalente à metade dos fundos que a Unrwa recebeu em 2023.

A União Europeia, por outro lado, manteve o apoio, assim como outros países e organismos internacionais.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, recebeu um primeiro relatório de investigação, mas a apuração ainda aguarda receber documentos das autoridades israelenses.

Já a Unrwa diz que Israel não forneceu nenhuma prova sobre as acusações.

Também nesta segunda, um porta-voz militar israelense voltou a lançar acusações contra a agência, afirmando que mais de 450 colaboradores "pertencem a organizações terroristas da Faixa de Gaza, especialmente ao Hamas".

Ele divulgou duas conversas telefônicas gravadas durante os ataques de 7 de outubro. Uma das vozes seria de Yusef al-Hawajara, professor da Unrwa em Deir el-Balah, e outro a Mamduh Alkali, que pertenceria à jihad islâmica, professor de outra escola da agência.

"Estou dentro, com os judeus. Temos mulheres reféns, capturei uma", disse um deles. .

Ansa - Brasil
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