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Chefe de direitos humanos da ONU repudia prisões na China e abusos em Xinjiang

26 fev 2021 - 14h39
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A chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, disse nesta sexta-feira que a China está restringindo liberdades civis e políticas básicas em nome da segurança nacional e de medidas da Covid-19, engrossando um coro de críticas ao histórico de direitos humanos do país.

09/12/2020
REUTERS/Denis Balibouse
09/12/2020 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

"Ativistas, advogados e defensores dos direitos humanos --além de alguns cidadãos estrangeiros-- enfrentam acusações criminais arbitrárias, detenção ou julgamentos injustos", disse Bachelet ao Conselho de Direitos Humanos.

Em Hong Kong, mais de 600 pessoas estão sendo investigadas por participar de protestos, algumas enquadradas na nova lei de segurança nacional imposta pela China continental à ex-colônia britânica, disse ela.

A secretária de Justiça de Hong Kong, Teresa Cheng, disse ao fórum de Genebra que, desde que a lei foi adotada, os tumultos civis diminuíram e os moradores podem desfrutar de sua liberdades legais.

Referindo-se à região chinesa de Xinjiang, Bachelet disse que, dados os relatos de detenções arbitrárias, maus tratos, violência sexual e trabalho forçado, existe a necessidade de uma avaliação minuciosa e independente da situação.

Ela disse que espera chegar a um acordo com as autoridades chinesas a respeito de uma visita ao país. Louise Arbour foi a última Alta Comissária dos Direitos Humanos da ONU a visitar a China em setembro de 2005.

Ativistas e especialistas da ONU dizem que ao menos um milhão de muçulmanos uigures estão detidos em campos de Xinjiang. A China nega abusos e diz que seus campos fornecem treinamento vocacional e são necessários para combater o extremismo.

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447702)) REUTERS AC

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