Chefe de inteligência da Estônia diz que Otan precisa parar Rússia nos próximos 10 ou 20 anos
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) precisa parar a Rússia nos próximos 20 anos, afirmou o chefe da inteligência externa da Estônia.
A Estônia, que faz fronteira com a Rússia e é membro da aliança, dobrou seu gasto com Defesa desde o início da guerra na Ucrânia, atingindo a marca de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o segundo maior da Otan, aumentando impostos para o próximo ano com o objetivo de estocar munição para a sua defesa.
"A tarefa da Otan nos próximos 10 ou 20 anos será conter ou deter a Rússia, para que ela não tenha ideias estúpidas de se expandir militarmente em direção ao Ocidente", afirmou à Reuters o diretor-geral, Kaupo Rosin, na terça-feira.
"Acho que é factível, mas o assunto precisa ser levado a sério no Ocidente, e que a gente invista (em Defesa)", acrescentou.
Embora a Rússia repetidamente negue ter qualquer objetivo de atacar um país da Otan, seu ministro da Defesa afirmou nesta semana que o país deve estar pronto para lutar contra o lado europeu da aliança na próxima década.
Rosin disse: "A Otan e seus planos militares nacionais devem ser críveis, reais e apoiados com recursos reais, com presença de tropas, acompanhadas por unidades e munição. Se fizermos a nossa lição de casa, poderemos deter a Rússia".