Chefe de polícia vê 'crime de ódio' em ataque que matou 9 em igreja nos EUA
Nove pessoas foram mortas na noite desta quarta-feira após um homem abrir fogo em uma igreja histórica da comunidade negra em Charleston, no Estado americano da Carolina do Sul.
Oito das vítimas morreram dentro da igreja Emanuel African Methodist Episcopal Church e a nona pessoa acabou morrendo no hospital, segundo o chefe da polícia da cidade, Gregory Mullen. Um dos fiéis está hospitalizado.
"Eu acredito que tenha sido um crime de ódio", afirmou Mullen, acrescentando que o FBI está liderando as investigações por conta das proporções do tiroteio.
O prefeito Joe Riley dise que o crime é "uma tragédia indescritível e desoladora em uma igreja histórica."
"A única razão que pode levar alguém a entrar em uma igreja e matar pessoas rezando é o ódio. É um crime totalmente incompreensível. Mas vamos levar essa pessoa à Justiça o mais rápido possível."
A polícia agora está em busca do suspeito pelo crime, um "homem branco com cerca de 20 anos, usando uma camiseta cinza, jeans azul e botas".
Ele disparou contra os fiéis da igreja durante uma solenidade que ocorria no local, por volta das 21h (22h de Brasília). O pastor da igreja, o senador Clementa Pinckney, está entre os mortos.
Respostas
Um grupo de fiéis se reuniu próximo à igreja para rezar. "Agora, queremos respostas", disse um deles a jornalistas.
Jeb Bush, pré-candidato republicano à presidência dos EUA, cancelou um evento que faria em Charleston nesta quinta-feira por causa do tiroteio.
A Emanuel African Methodist Episcopal Church é uma das mais antigas dos Estados Unidos.
Denmark Vesey ─ um dos fundadores do templo ─ liderou uma revolta de escravos fracassada em 1822.