Chefe militar filipino pede que pescadores ignorem novas regras da guarda costeira chinesa
O chefe militar das Filipinas pediu que pescadores do país sigam com suas atividades na zona econômica exclusiva do Mar da China Meridional apesar de novas regras da guarda costeira chinesa, previstas para entrar em vigor no sábado, que permitirão ao país prender invasores sem julgamento. A China, que reivindica o controle de quase todo o Mar da China Meridional — inclusive partes que também são reivindicadas por Filipinas, Brunei, Malásia, Taiwan e Vietnã — emitiu novas regras para aplicar uma lei de 2021 permitindo que sua guarda costeira use força letal contra navios estrangeiros em águas que considera suas. "Essa é a nossa mensagem aos nossos pescadores, de que eles não precisam ter medo e continuem com as atividades normais na nossa zona econômica exclusiva", disse a repórteres nesta sexta-feira o chefe das Forças Armadas das Filipinas, Romeo Brawner. "Temos o direito de explorar os recursos na região, então nossos pescadores não têm motivos para temer", afirmou. As novas regras, que permitem que a guarda costeira chinesa prenda invasores por 60 dias sem julgamento, causou preocupação internacional, e as Filipinas as descreveram como uma "provocação". A guarda costeira de Taiwan afirmou em comunicado que "vai fortalecer as tarefas de proteção da pesca, que defende de forma resoluta a segurança das operações de nossos pescadores, para assegurar o direito e o interesse na pesca e defender nossa soberania nacional". A China intensificou suas atividades militares próximas a Taiwan, que é um país democrático mas que os chineses veem como seu próprio território.