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Chile pode liberar vacina da AstraZeneca "dias após aprovação de EUA e Reino Unido"

29 dez 2020 - 17h15
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A AstraZeneca apresentou dados a agências regulatórias do Chile para pedir a distribuição emergencial de sua vacina contra Covid-19 no país, e pode receber uma liberação "semanas ou até dias" após uma aprovação de agências regulatórias dos Estados Unidos e do Reino Unido, disse o responsável do governo para as aquisições da vacina à Reuters.

09/11/2020
REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa
09/11/2020 REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa
Foto: Reuters

A empresa britânica vem realizando testes de estágio avançado de sua vacina, desenvolvida com a Universidade de Oxford, no Chile, no Brasil, nos Estados Unidos, no Reino Unido e na África do Sul.

O Chile assinou um acordo para comprar 14,4 milhões de doses do remédio, uma quantidade que vacinaria metade deste número de pessoas, ou cerca de 40% da população do país.

O Chile já é um dos mais bem posicionados da região no tocante a acordos de vacina, tendo um contrato de 10 milhões de doses da Pfizer BioNtech, 60 milhões de doses da chinesa Sinovac ao longo de três anos e 7,6 milhões de doses através do esquema de distribuição global de vacinas Covax.

Rodrigo Yáñez, vice-ministro do Comércio chileno a cargo de negociar os suprimentos de vacina do país, disse em uma entrevista concedida na segunda-feira que a AstraZeneca já encaminhou sua documentação ao Instituto de Saúde Pública do Chile (ISP) para solicitar o uso emergencial abrangente da vacina.

Ele disse que a empresa pode utilizar a aprovação de agências regulatórias de saúde estrangeiras de confiança para acelerar a aprovação local.

A Pfizer Inc e a BioNTech usaram uma aprovação semelhante da Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) para sua vacina para obter o aval de agências regulatórias chilenas cinco dias mais tarde, fazendo do Chile o primeiro país sul-americano a começar a vacinar sua população na semana passada.

"Se a agência regulatória do Reino Unido, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ou a FDA aprovar, o que provavelmente será entre janeiro e fevereiro, a aprovação de uso no Chile pode vir em semanas ou até dias", disse Yáñez.

O ISP disse à Reuters que a AstraZeneca ainda não fez um pedido de aprovação formal.

"O que tivemos foram reuniões de lobby com o material de apoio apresentado, e uma cooperação fluida para seguir adiante com a análise dos documentos", disse seu diretor, Heriberto Garcia, acrescentando que a aprovação regulatória do Reino Unido, seu mercado doméstico, seria essencial.

Um porta-voz da AstraZeneca não quis comentar.

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