China negou dados de casos iniciais à OMS, diz membro de comitê
País não forneceu números brutos solicitados, apenas resumo
A China se negou a entregar dados brutos do início da pandemia de Covid-19 à missão de especialistas que foi ao país investigar a origem da crise sanitária, informou o microbiologista Dominic Dwyer em uma entrevista à mídia internacional neste sábado (13).
Segundo o especialista, a "prática é padrão" e visa buscar analisar todos as informações iniciais em qualquer tipo de investigação do tipo. Mas, ao invés disso, eles receberam apenas "um resumo" dos casos iniciais.
A fala de Dwyer soma-se às constantes críticas dos Estados Unidos sobre a investigação e, em partes, contradizem o que o líder da missão, Peter Ben Embarek, afirmou em coletiva recente, ao reforçar que "nós adquirimos muitas informações novas sobre o início do evento".
É esperado que nesta semana seja divulgado o primeiro relatório formal sobre as investigações de duas semanas em Wuhan, considerada até agora o "marco zero" da pandemia de Covid-19.
Durante aqueles dias, os representantes descartaram que o Sars-CoV-2 tenha sido criado em laboratório, sendo um vírus de origem animal, mas não rejeitaram a ideia de que ele tenha "vazado" de algum laboratório de estudo.
Por sua vez, os chineses afirmam que foram "transparentes" durante a missão da OMS e que o vírus apareceu em mais de um local ao mesmo tempo, já que outras nações europeias já detectaram o Sars-CoV-2 em amostras de pacientes nos últimos três meses do ano de 2019. .