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Mundo

China nomeia bispo à revelia do Papa e irrita Vaticano

26 nov 2022 - 19h10
(atualizado às 19h16)
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A China nomeou um bispo à revelia do Vaticano e provocou críticas da Santa Sé menos de dois meses depois da renovação de um acordo bilateral até 2024.

Bandeira da China na Praça São Pedro, Vaticano
Bandeira da China na Praça São Pedro, Vaticano
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O caso diz respeito à posse de Giovanni Peng Weizhao, bispo de Yujiang, como bispo auxiliar de Jiangxi, diocese não reconhecida pela Igreja Católica.

"A Santa Sé ficou sabendo com surpresa e pesar da notícia da 'cerimônia de instalação', ocorrida em 24 de novembro em Nanchang", diz um comunicado de tom incomum divulgado pelo Vaticano.

Segundo a nota, a nomeação "não ocorreu em conformidade com o espírito de diálogo existente entre a parte vaticana e a parte chinesa e com o estipulado pelo acordo provisório de nomeação de bispos assinado em setembro de 2022". Além disso, a Santa Sé pede que "episódios similares não se repitam" e diz esperar "comunicações oportunas por parte das autoridades".

Assinado em 2018, o acordo em questão foi renovado pela segunda vez no último dia 22 de outubro. Seus termos exatos permanecem em sigilo, mas sabe-se que ele permitiu ao Vaticano recuperar papel ativo na nomeação de bispos chineses, que até então eram escolhidos à revelia do Papa.

Os dois países romperam relações diplomáticas em 1951, quando a Santa Sé reconheceu a independência de Taiwan, que ainda é visto por Pequim como uma "província rebelde".

Durante décadas, católicos chineses viveram divididos entre uma conferência de bispos escolhida pelo Partido Comunista e um braço da Igreja Apostólica Romana que atuava na clandestinidade.

Até o momento, o pacto já levou à aprovação de seis ordenações episcopais em comum acordo entre Pequim e o Vaticano, mas é alvo de críticas por não dar à Igreja Católica a mesma autonomia que ela possui em outros países.

O próprio papa Francisco já admitiu publicamente que o acordo não é o "ideal", porém é o "possível" no momento.

Ansa - Brasil
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