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China ordena redução acentuada de voos para conter riscos do coronavírus

26 mar 2020 - 18h52
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A China ordenou que as companhias aéreas reduzam drasticamente o número de voos domésticos e internacionais, preocupada com o risco de que viajantes estrangeiros possam reacender o surto de coronavírus que paralisou o país por dois meses.

Funcionários com roupa de proteção acompanham passageiros no aeroporto internacional de Pequim
17/03/2020
REUTERS/Thomas Peter
Funcionários com roupa de proteção acompanham passageiros no aeroporto internacional de Pequim 17/03/2020 REUTERS/Thomas Peter
Foto: Reuters

A Administração de Aviação Civil da China (CAAC, na sigla em inglês) informou nesta quinta-feira que havia instruído as companhias aéreas chinesas a manterem apenas uma rota para qualquer país e limitar o número de voos a um por semana, a partir de 29 de março.

A agência também ordenou que as companhias aéreas estrangeiras reduzam suas rotas internacionais para a China para uma por semana, e operem apenas uma rota dentro do país.

Cerca de 80% dos voos internacionais já estavam sendo cancelados antes do anúncio, mas as companhias aéreas chinesas haviam sido solicitadas a não reduzirem suas rotas internacionais até o pedido desta quinta-feira da CAAC.

A China também suspenderá, temporariamente, a entrada de estrangeiros com visto e permissão de residência válidos, a partir de 28 de março, informou o Ministério das Relações Exteriores nesta quinta-feira.

As medidas, em conjunto com as severas regras de quarentena que estão sendo impostas às pessoas que chegam ao país, devem retardar o fluxo de viajantes que desembarcam na China.

Pequim deseja impedir o ressurgimento da epidemia do coronavírus, que irrompeu na capital da região de Hubei, Wuhan, no final de 2019, e matou quase 3.300 cidadãos chineses até hoje e mais de 21.000 pessoas em todo o mundo.

RESTRIÇÕES

Severas restrições a viagens e transportes colocaram a epidemia sob controle na China, no entanto, a um alto preço, com alguns analistas estimando uma contração total da economia do país no primeiro trimestre.

Pequim está estimulando as indústrias a reabrirem, mas o vírus, que agora se espalhou pelo mundo, continua ameaçando a economia da China e a saúde de seu povo.

A China continental não registra nenhum novo caso de coronavírus transmitido localmente há oito dias, mudando o foco para impedir que pessoas infectadas que chegam do exterior desencadeiem um novo surto no país.

Todos os 67 casos novos relatados até o final de quarta-feira foram importados, assim como os 47 registrados no dia anterior, informou a Comissão Nacional de Saúde nesta quinta-feira, levando o número total de casos confirmados a 81.285.

A comissão registrou um total de 3.287 mortes até o final da quarta-feira, seis a mais do que no dia anterior.

O bloqueio da capital de Hubei, Wuhan, onde o vírus apareceu pela primeira vez no final do ano passado, será suspenso em 8 de abril, um marco na guerra da China contra a epidemia.

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