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China pede 'diálogo' para paz entre Rússia e Ucrânia

Aliada de Moscou, Pequim divulgou documento com 12 pontos

24 fev 2023 - 11h36
(atualizado às 11h42)
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No dia em que a guerra iniciada pela Rússia contra a Ucrânia completa um ano, a China divulgou um documento nesta sexta-feira (24) em que fala sobre uma solução política para o conflito e diz que o diálogo "é a única maneira de resolver" a crise.

China nunca condenou publicamente a invasão russa na Ucrânia
China nunca condenou publicamente a invasão russa na Ucrânia
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Em 12 pontos, o texto critica "qualquer sanção unilateral não autorizada pelas Nações Unidas" e o "desenvolvimento e uso de armas biológicas e químicas por parte de qualquer país e em qualquer circunstância". O documento ainda diz que armas nucleares, como ameaçam expoentes russos, "não podem ser usadas" porque uma "guerra nuclear não pode ser combatida".

Principal aliada de Moscou, a China nunca condenou publicamente a invasão da Rússia e se absteve em todas as votações da ONU contrárias aos russos - incluindo a aprovada nesta quinta-feira (23). Porém, Pequim também não envia equipamentos militares para ajudar as tropas russas durante o conflito.

O documento divulgado também faz críticas e pede que haja um fim dos ataques aos civis e às estruturas civis, como Moscou vem fazendo intensamente nos últimos meses, especialmente, em plantas energéticas.

Apesar da postura chinesa, a encarregada de negócios da embaixada da Ucrânia em Pequim, Leshchynska Zhanna, afirmou à mídia local que o texto "é um bom sinal e um sinal de que a China quer ser envolvida nos esforços globais para colocar fim ao conflito ucraniano".

"A Ucrânia gostaria de ver a China ao seu lado, mesmo se no momento não estejam apoiando os esforços ucranianos", acrescentou.

Quem também se manifestou foi o embaixador da UE em Pequim, Jorge Toledo, que pontuou que esse é um "documento de posição e não uma proposta de paz". "Se o texto é um sinal positivo para a Ucrânia, então também o é para a União Europeia, mesmo que ainda estejamos estudando-o atentamente", finalizou. .

Ansa - Brasil
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