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China recorre contra tarifas da UE a carros elétricos

País afirmou que decisão foi um 'protecionismo comercial'

4 nov 2024 - 17h41
(atualizado às 17h50)
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A China entrou com um recurso junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as sobretaxas alfandegárias permanentes da União Europeia sobre as importações de carros elétricos fabricados no gigante asiático.

    O governo chinês informou em um comunicado que a decisão foi tomada para "proteger os interesses de desenvolvimento" da indústria dos veículos elétricos da nação.

    Além disso, a nota divulgada pelo Ministério do Comércio de Pequim reitera sua "forte oposição às tarifas" do bloco europeu, vistas como "protecionismo comercial em nome de compensações anti-subsídios".

    Os chineses ainda declararam que as sobretaxas alfandegárias foram impostas mesmo depois de uma "enxurrada de objeções levantadas pelas partes interessadas, incluindo governos de Estados-membros da UE, indústria e a opinião pública".

    Conforme a decisão da Comissão Europeia, as alíquotas são de 35,3% para a montadora Saic, de 18,8% para a Geely, de 17% para a BYD e de 7,8% sobre a produção na China da americana Tesla, de Elon Musk. Outras empresas que cooperarem com Bruxelas pagarão sobretaxa de 20,7%, e as que não colaborarem, de 35,3%.

    Com isso, os impostos sobre carros elétricos chineses na UE podem chegar a 45%, uma vez que esses produtos já pagavam uma tarifa de importação de 10% antes da disputa comercial.

    As crescentes tensões comerciais entre Pequim e Bruxelas não se limitam aos veículos elétricos, com a UE também investigando os subsídios chineses nos setores dos painéis solares e das turbinas eólicas. .

Ansa - Brasil
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