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China volta a registrar mortes por covid-19 após um ano

País enfrenta aumento de casos da doença impulsionado pela variante ômicron

19 mar 2022 - 09h24
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Funcionários inspecionam cartões de saúde de passageiros que deixam estação ferroviária de Yantai, na província chinesa de Shandong
02/11/2021 China Daily via REUTERS
Funcionários inspecionam cartões de saúde de passageiros que deixam estação ferroviária de Yantai, na província chinesa de Shandong 02/11/2021 China Daily via REUTERS
Foto: Reuters

As autoridades nacionais de saúde da China relataram duas mortes por covid-19 no sábado, 19, (sexta-feira, 18, no Brasil). O país, que enfrenta um aumento de casos impulsionados pela variante Ômicron, não tinha registro de vítimas fatais desde janeiro de 2021.

As mortes, ambas na província de Jilin, no nordeste, elevaram o número de perdas por coronavírus no país para 4.638.

Um entregador é visto chegando para entregar um pedido fora de um bairro fechado após a detecção de novos casos de Covid-19 na China. Foto:

A China registrou 2.157 novos casos de covid-19 por transmissão comunitária no sábado, a maioria em Jilin. A província proibiu viagens e agora as pessoas precisam de permissão da polícia para transitar através das fronteiras.

O país continuou a impor uma estratégia bem-sucedida, embora onerosa, de "zero-covid" desde o surto inicial em Wuhan. A ação se concentra em testes em massa e bloqueios rigorosos com moradores proibidos de deixar suas casas até que todos os novos casos sejam encontrados em quarentena ou por meio de rastreamento de contatos.

Na prática, isso significa que a região viu relativamente poucas infecções pelo vírus porque os aglomerados são reprimidos tão rapidamente quanto são descobertos.

A estratégia recebeu apoio popular e evitou o grande número de mortes observadas em outros países, muitos dos quais começaram a renunciar a qualquer tipo de medida de distanciamento social.

Com a China agora enfrentando seu pior surto desde o final de 2019, as autoridades prometeram dobrar a estratégia de tolerância zero para conter o aumento atual.

No entanto, o líder da China, Xi Jinping, reconheceu pela primeira vez o ônus das medidas na quinta-feira, 17, dizendo que o país deve buscar "efeito máximo" com "custo mínimo" no controle do vírus.

A China registrou 4.636 mortes desde o início da pandemia na cidade central de Wuhan no final de 2019. Ela revisou seu número de mortos uma vez em abril de 2020, acrescentando novos óbitos que não foram listados inicialmente, pois a pandemia sobrecarregou os hospitais e outros sistemas da cidade.

Os dados do covid-19 da China continental são contados separadamente dos de Hong Kong, que é uma região administrativa especial na região e está enfrentando um surto muito maior com número superior de mortes. /Com agências internacionais

Estadão
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