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Chinesa Wuhan vive orgulho e lamento ao suavizar quarentena do coronavírus

31 mar 2020 - 12h00
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Os moradores da cidade chinesa de Wuhan, o marco zero da pandemia de coronavírus, estão divididos agora que as quarentena foi suspensa e a taxa de infecções diminuiu drasticamente, com alguns elogiando o governo e outros lamentando os custos econômicos.

Jovem de máscara pula barreira de isolamento construída para separar prédios de rua em Wuhan
31/01/2020
REUTERS/Aly Song
Jovem de máscara pula barreira de isolamento construída para separar prédios de rua em Wuhan 31/01/2020 REUTERS/Aly Song
Foto: Reuters

As restrições mais severas à circulação e aos negócios ocorreram em Wuhan, capital da província de Hubei onde se acredita que o vírus surgiu em um mercado de frutos do mar no ano passado. A metrópole de 11 milhões de habitantes responde por cerca de 60% do total de infecções da China, que estava em 81.518 até esta terça-feira.

O mercado está interditado, e um centro adjacente de frutas por atacado também está fechado, com o equivalente a mais de 14 mil dólares em mangas, melões e outras frutas apodrecendo do lado de fora.

Uma comerciante de frutas de sobrenome Fang disse que a interdição da cidade arruinou seu sustento.

"É claro que estou assustada", disse ela à Reuters, apontando para as duas máscaras que usava, uma em cima da outra, enquanto embalava maçãs que vende a conjuntos residenciais com preços de atacado.

"Mas não ganhei nenhum dinheiro nos últimos três meses".

As atitudes dos moradores de Wuhan em relação às restrições estão longe de ser uniformes, já que alguns expressam um orgulho imenso do governo e outras dizem que a ajuda que receberam não compensou os impactos da quarentena.

Algumas empresas retomaram o trabalho, e a cidade começará a permitir que as pessoas viajem no dia 8 de abril.

A China adotou diversas medidas para amenizar o impacto econômico devastador do surto, e prometeu ajudar Wuhan a se recuperar.

Fang ficou com lágrimas nos olhos ao descrever como planejava ver os filhos, que voltaram à sua cidade-natal, depois do Ano Novo Lunar em janeiro. Ela não poderá voltar depois que a interdição acabar porque precisa ficar e vender suas frutas.

"Na melhor hipótese, o estoque pode só terminar em junho", disse.

Hu Yanfang, que estava supervisionando o descarregamento de caixas de equipamentos de proteção e de alimentos em seu complexo habitacional de Wuhan, tinha uma visão diferente.

A interdição de conjuntos residenciais como o seu foi atenuada recentemente, e ela acredita que o governo está controlando a crise.

"Está muito melhor agora", disse Hu, que comanda o comitê de moradores do complexo.

((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

REUTERS PF

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