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Mundo

Chuvas fortes pioram o sofrimento de palestinos desabrigados em meio a novos ataques de Israel

23 set 2024 - 11h44
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Dois ataques das forças israelenses mataram pelo menos 10 palestinos, incluindo quatro crianças, na região central da Faixa de Gaza nesta segunda-feira, segundo médicos, enquanto fortes chuvas inundavam as barracas de acampamento dos moradores desalojados.

O ataque israelense a Gaza, que já dura quase um ano, continuou mesmo com a atenção internacional voltada para o conflito no Líbano e no norte de Israel entre os militantes do Hezbollah e as tropas israelenses.

Autoridades de saúde palestinas disseram que pelo menos cinco palestinos foram mortos em uma escola que abrigava palestinos desabrigados em Nuseirat, um dos oito campos de refugiados históricos da Faixa de Gaza. O Exército israelense disse que o alvo foi um centro de comando do Hamas instalado em um complexo que anteriormente servia como escola.

Mais tarde na segunda-feira, um ataque aéreo israelense contra uma casa na cidade de Deir Al-Balah, onde um milhão de pessoas se abrigaram, matou uma mulher e quatro crianças, segundo os médicos. Não houve nenhum comentário do Exército israelense sobre o incidente em um primeiro momento.

O braço armado do Hamas disse na segunda-feira que seus combatentes conseguiram atrair um comboio de veículos israelenses para "uma emboscada bem preparada" na linha de abastecimento das forças israelenses a leste da cidade de Rafah, e os atacaram com foguetes antitanque e dispositivos explosivos já plantados. Não houve nenhum comentário imediato do Exército israelense.

MAIS SOFRIMENTO

Durante a noite, as fortes chuvas aumentaram os problemas dos desabrigados de Gaza, inundando as barracas, levando algumas delas para longe e impedindo as famílias de dormir.

Alguns colocaram baldes de água no chão para proteger os tapetes contra vazamentos e cavaram trincheiras para drenar a água de suas tendas. O preço de novas barracas e lonas plásticas para evitar vazamentos disparou.

Ahmed Al-Burai, 30 anos, disse que as pessoas fizeram suas barracas com sacos de farinha usados, roupas usadas e sacos de nylon. Assim que choveu, a água e o vento levaram muitas barracas embora e inundaram outras.

"Tudo se afogou, os cobertores, a comida e as pessoas em apenas algumas horas de chuva", disse Burai à Reuters por telefone de Al-Mawasi, uma área designada para fins humanitários no sul da Faixa de Gaza.

"A maioria dos desabrigados não pode pagar os novos preços das barracas e das lonas de plástico. Há apenas dois dias, o preço das lonas de plástico era de 100 a 200 shekels (27 a 54 dólares) e hoje subiu para 700 e 800 shekels (189 a 216 dólares) por causa da ganância dos comerciantes", disse Burai.

A agência da ONU voltada aos refugiados palestinos disse que são necessários mais abrigos e suprimentos para ajudar as pessoas a enfrentar o inverno que se aproxima.

"Com o início do outono, plástico e tecido não são suficientes para proteger as pessoas contra a chuva e o frio", publicou a agência de ajuda humanitária no X.

A maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foi deslocada em quase um ano de guerra, com ataques aéreos e de artilharia israelenses reduzindo grande parte do enclave palestino a escombros. Mais de 41.300 palestinos foram mortos no ataque israelense, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

A guerra, a mais letal do conflito israelense-palestino que já dura décadas, foi desencadeada em 7 de outubro, quando militantes do Hamas atacaram Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns, de acordo com os registros israelenses.

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