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Cidade histórica síria pode estar na mira do 'Estado Islâmico'

15 mai 2015 - 17h41
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Palmira, uma das joias arqueológicas do Oriente Médio, pode ser a próxima "vítima" das depredações do grupo extremista muçulmano "Estado Islâmico".

Palmira
Palmira
Foto: BBC Mundo / Copyright

Militantes ocuparam partes da cidade vizinha de Tadmur na quinta-feira, mas seus avanços posteriores foram contidos pelo exército da Síria.

O responsável pelo departamento de patrimônio histórico da Síria, Maamoun Abdul Karim, disse que se o "EI" tomar Palmira, tombada pela Unesco como patrimônio histórico, a cidade será destruída.

Decapitações

Extremistas já destruíram relíquias em vários locais do Iraque, em especial Mosul, Hatra e Nimrud.

Autoridades sírias temem que militantes depredem as ruínas históricas da cidade

Palmira sofreu danos durante os quatro anos de guerra civil na Síria. Fundada há pelo menos 4 mil anos, a cidade fica numa área estratégica para o "EI", entre Damasco e a cidade de Deir Al-Zour, disputada por forças sírias e pelos militantes. Palmira também fica próxima a campos de exploração de gás natural.

Na quinta-feira, o grupo Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que militantes do "EI" estavam preparando um assalto a Tadmur, bem próxima às ruínas de Palmira.

Militantes teriam matado 26 pessoas numa aldeia nas cercanias de Tadmur - 10 deles por decapitação -, sob a acusação de que eles eram simpáticos ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad.

Usando uma conta no Twitter, o "EI" disse ter ocupado partes do norte e do leste de Tadmur.

Localizada no meio do deserto e próxima a um oásis, Palmira contém as monumentais ruínas de uma cidade que foi um dia um dos mais importantes centros culturais do mundo, segundo a Unesco - órgão das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

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