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Cidade italiana quer dá cidadania a sobrevivente de Auschwitz

Moção em prol de Liliana Segre foi apresentada em Chieti

14 nov 2019 - 12h37
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Uma moção foi apresentada nesta quinta-feira (14) ao conselho municipal de Chieti, na região dos Abruzos, para conceder cidadania honorária à senadora vitalícia Liliana Segre, sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz.

Cidade italiana quer dá cidadania a sobrevivente de Auschwitz
Cidade italiana quer dá cidadania a sobrevivente de Auschwitz
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    A proposta foi apresentada pela vice-presidente do Conselho municipal, Nicoletta Di Biase, do partido "Identità Teatina", e assinada pelos conselheiros Nicola Rapposelli, Stefania Donatelli, Mario Troiano e Donato Tacconelli. A ideia é que o projeto seja "um convite a uma leitura cuidadosa da história, sem distinção de cor e, acima de tudo, tolerância e respeito pela democracia". "O motivo para pedir a concessão de cidadania honorária à senadora Segre é um sinal de reconhecimento do valor universal da luta contra todas as formas de violência e discriminação, além do alto valor moral e civil de seu compromisso, o coletivo de sua história pessoal e ética de seu testemunho", explica Di Biase. Vítima de ameaças antissemitas e colocada sob proteção da polícia, Segre, de 91 anos, passou a ser cogitada recentemente como próxima presidente da Itália. "Nestes 10 anos, mostramos que não temos defesa dos valores partidários, mas defendemos os valores absolutos que pertencem ao homem: o primeiro é o respeito à pessoa", afirmou o prefeito de Chieti, Umberto Di Primio, à ANSA, concordando com a moção.

    Trajetória - Segre foi nomeada senadora vitalícia pelo presidente Mattarella em janeiro de 2018. Nascida em Milão, em 10 de setembro de 1930, de uma família laica judia, ela tinha apenas 13 anos quando foi deportada para Auschwitz-Birkenau, na Polônia.

    Ao chegar ao campo de extermínio, Segre foi separada do pai, com quem não voltaria mais a se reunir. Com o número 75.190 tatuado no braço, a jovem fez trabalhos forçados em uma fábrica de munições e, em janeiro de 1945, participou da chamada "marcha da morte", a transferência de prisioneiros da Polônia para a Alemanha.

    Segre foi libertada em maio daquele mesmo ano pelo Exército soviético e passou a viver com os avós maternos, os únicos sobreviventes da família.

Ansa - Brasil
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