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Cidades italianas usam drones para controlar população

Tecnologia virou arma contra violações de quarentena

20 mar 2020 - 11h35
(atualizado às 12h36)
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Em função do avanço da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) na Itália, algumas cidades do Vêneto, no norte do país, decidiram apostar em drones para controlar a movimentação de pessoas e coibir possíveis violações do isolamento imposto pelo governo.

Drones serão usados para controlar movimentação nas Colinas do Prosecco, em Conegliano
Drones serão usados para controlar movimentação nas Colinas do Prosecco, em Conegliano
Foto: Foto / Divulgação Unesco / Ansa - Brasil

O prefeito da província de Vicenza, Pietro Signoriello, afirmou que os equipamentos decolarão a partir deste fim de semana e transmitirão à polícia imagens em tempo real das ruas da cidade homônima. Os drones permitirão identificar eventuais aglomerações de pessoas em Vicenza, que contabiliza 99 denúncias por violação da quarentena apenas nos últimos dois dias.

A mesma estratégia será adotada por Conegliano, cidade que integra as "Colinas do Prosecco", região tombada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade e famosa pela produção do mais célebre espumante italiano.

Segundo o prefeito Fabio Chies, drones serão usados para garantir que os cidadãos respeitem as ordens de permanecer em casa. Quem for pego violando o isolamento será identificado e denunciado.

"Ainda vejo muitas pessoas desrespeitando o decreto, e isso é inadmissível. Ao nosso redor, existe uma zona de colinas de quase 25 quilômetros quadrados que não conseguimos patrulhar", disse Chies, que proibiu as pessoas de passearem a mais de um quilômetro de suas casas.

A Itália inteira está em isolamento desde 10 de março, quando um decreto do primeiro-ministro Giuseppe Conte proibiu que as pessoas saiam de casa, a não ser por motivos de trabalho, familiares e de saúde ou para comprar comida.

Até o momento, o país contabiliza 41 mil casos do novo coronavírus e 3,4 mil mortes. O Vêneto é a terceira região mais atingida, com 3,2 mil contágios e 115 óbitos.

Ansa - Brasil
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