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Cientistas cogitam usar mapeamento de genoma para ajudar coalas com clamídia

3 jul 2018 - 12h43
(atualizado às 12h53)
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Cientistas que mapearam o genoma do coala, animal que é um dos símbolos da Austrália, dizem que isso pode ajudá-los a desenvolver vacinas melhores para tratar os animais, que estão sofrendo com uma epidemia de clamídia, uma doença bacteriana.

Coala e filhote em zoológico em Sydney, na Austrália 28/06/2011 REUTERS/Tim Wimborne
Coala e filhote em zoológico em Sydney, na Austrália 28/06/2011 REUTERS/Tim Wimborne
Foto: Reuters

O desenvolvimento também ajudará os cientistas a descartarem procedimentos invasivos ao investigar a biologia dos marsupiais, cujo número exato é desconhecido, mas que grupos de defesa da vida selvagem estimam estar entre 80 mil e 180 mil.

Pesquisadores do Consórcio do Genoma do Coala, uma equipe de 54 cientistas australianos e internacionais, disseram ter sequenciado mais de 3,4 bilhões de pares de base e mais de 26 mil genes do genoma do coala, que é ligeiramente maior do que o humano.

"Agora estamos em uma ótima posição para desenvolver vacinas melhores para tratá-los", explicou Katherine Belov, professora de genômica comparada da Universidade de Sydney.

Ela e seus colegas publicaram sua pesquisa no periódico científico Nature Genetics na segunda-feira.

Sem tratamento, as infecções de clamídia podem causar cegueira, inflamação aguda da bexiga, infertilidade e morte nos coalas.

O tratamento com antibióticos muitas vezes torna mais difícil para os coalas digerirem as folhas de eucalipto, uma das bases de sua dieta.

"Com o tempo, chegaremos a entender por que alguns animais se recuperam da clamídia e outros não, e isso nos ajudará a desenvolver terapias para tratar os coalas", disse Katherine.

A Austrália classificou os coalas como uma espécie "vulnerável" em uma medida de conservação ambiental de 2012.

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