CNN, NYT e AP projetam eleição de Trump para 2º mandato
Republicano também lidera disputa no voto popular
Após a Fox News, a CNN, o New York Times e a Associated Press também projetaram a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos.
A emissora de Atlanta declarou o triunfo do magnata no Wisconsin, o que fez o candidato chegar a 276 votos no colégio eleitoral, seis a mais que os 270 necessários para conquistar a Casa Branca. Já as projeções da Fox News, do NYT e da AP dão 277 delegados para Trump, considerando também um do Maine.
Com 99% das urnas apuradas, o republicano tem 49,7% da preferência no Wisconsin, contra 48,7% da democrata Kamala Harris, uma diferença de apenas 31 mil votos. No entanto, a eleição do republicano já estava encaminhada desde a conquista da Pensilvânia, onde o placar é de 50,7% a 48,2% a seu favor.
Em 2020, os dois estados-pêndulos tiveram vitória do democrata Joe Biden por margem estreita, mas Trump conseguiu devolvê-los para o seio republicano, assim como a Geórgia, e está com triunfos encaminhados em Arizona, Michigan e Nevada, que também foram "azuis" há quatro anos.
Com isso, o magnata pode chegar a 312 votos no colégio eleitoral, mais do que os 306 de Biden em 2020 e os 304 obtidos por ele mesmo em 2016.
Com 78 anos, Trump será o presidente mais velho a tomar posse e o primeiro a exercer dois mandatos não consecutivos desde o democrata Grover Cleveland, no fim do século 19.
Além disso, é o primeiro candidato condenado criminalmente eleito para a Casa Branca, após ter sido considerado culpado de falsificar registros financeiros para encobrir um suborno à ex-atriz de filmes adultos Stormy Daniels. A pena, no entanto, deve ser divulgada apenas no fim de novembro.
O republicano também lidera a disputa no voto popular, com 51%, contra 47,5% de Harris, resultado inédito para um republicano desde 2004, com George W. Bush.
"Essa é uma vitória magnífica que nos permitirá tornar a América grande de novo", disse o presidente eleito durante discurso em Palm Beach, na Flórida.
Acompanhado de sua esposa, Melania, e de todos os seus filhos, Trump acrescentou que esse é o "maior movimento" político da história. "Superamos obstáculos impensáveis, e agora está claro que realizamos o feito político mais incrível", acrescentou o republicano, que chegou a ser dado como carta fora do baralho após a derrota para Biden em 2020 e a invasão do Capitólio em 2021.
Durante o discurso, Trump ainda agradeceu ao bilionário Elon Musk, dono do X, pelo apoio durante a campanha e prometeu "acabar com as guerras" na Ucrânia e no Oriente Médio. "Deus me poupou por um motivo, e agora completaremos a missão de manter as promessas", afirmou. .