Colisão de avião e helicóptero deixa dezenas de mortos nos EUA
Acidente aéreo ocorreu sobre rio na capital Washington
Um avião comercial colidiu com um helicóptero militar pouco antes de pousar no Aeroporto Ronald Reagan, em Washington, capital dos Estados Unidos, e caiu no rio Potomac na noite de quarta-feira (29). Pelo menos 19 pessoas morreram na tragédia, balanço que está destinado a se agravar.
A aeronave civil, um CRJ-701 fabricado pela canadense Bombardier, voava desde Wichita, no Kansas, com 64 pessoas a bordo (60 passageiros e quatro tripulantes) e era operada pela PSA Airlines, subsidiária da American Airlines, uma das principais companhias aéreas dos EUA.
Já o helicóptero militar envolvido no acidente era um Black Hawk, ou Sikorsky H-60, um dos modelos mais utilizados pelas Forças Armadas americanas. A aeronave levava três militares, cujo destino ainda é desconhecido, e realizava um voo de treinamento.
Até o momento, os socorristas retiraram 19 corpos do rio Potomac, mas o chefe do Corpo de Bombeiros de Washington, John Donnelly, disse que as operações de busca podem durar vários dias e são atrapalhadas pelo frio intenso na capital.
Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lamentou a tragédia e afirmou que ela poderia ter sido evitada.
"O avião estava em uma linha perfeita e de rotina para se aproximar do aeroporto. O helicóptero foi em direção ao avião por um longo período de tempo. Era uma noite clara, as luzes do avião estavam brilhando, por que o helicóptero não foi para cima, para baixo ou não virou? Por que a torre de controle não disse ao helicóptero o que fazer em vez de perguntar se eles tinham visto o avião? Essa situação é muito ruim e parece que poderia ter sido prevenida", escreveu o magnata na rede social Truth.
O avião se aproximava do aeroporto com uma velocidade de cerca de 225 quilômetros por hora, a uma altitude de 400 pés (120 metros), quando perdeu altura repentinamente sobre o rio Potomac. Poucos minutos antes, a torre de controle havia perguntado à tripulação se seria possível usar uma pista mais curta no Ronald Reagan, e os pilotos responderam que sim.
Menos de 30 segundos antes da colisão, um controlador de tráfego aéreo perguntou aos militares do helicóptero se eles haviam visto o CRJ-701.
A aeronave da American Airlines transportava atletas e técnicos de patinação artística dos Estados Unidos, incluindo os russos radicados nos EUA Evgenia Shishkova, Vadim Naumov e Inna Volyanskaya. "Nossas condolências à famílias e aos amigos que perderam entes queridos", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Já o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, expressou solidariedade ao governo e ao povo dos Estados Unidos pelo "terrível acidente ocorrido em Washington". "Nossas orações estão com vocês", acrescentou.
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