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Colômbia reedita mandados de prisão de rebeldes e número de deslocados sobe para 32 mil em meio a combates

22 jan 2025 - 14h05
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O gabinete do procurador-geral da Colômbia reemitiu nesta quarta-feira mandados de prisão para os líderes dos rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN), que estavam participando de conversações de paz, enquanto o deslocamento forçado causado pelos ataques do ELN aumentou para 32 mil pessoas.

Um aumento acentuado da violência na semana passada na região de Catatumbo, uma área ao longo da fronteira leste com a Venezuela considerada estratégica para o tráfico de drogas, colocou em crise um esforço já difícil do presidente Gustavo Petro para pôr fim a seis décadas de guerra e causou a catástrofe humanitária mais pronunciada na Colômbia nos últimos anos.

Petro, que prometeu acordos de paz e rendição para pôr fim a um conflito que já matou pelo menos 450.000 pessoas, suspendeu as conversações com o ELN na sexta-feira por causa de seus ataques contra um grupo rebelde, ex-combatentes desmobilizados e líderes comunitários civis.

A suspensão significa que seu governo agora só poderá fazer acordos com um pequeno grupo de organizações rebeldes e de gangues, cujos membros representam apenas 10% das fileiras dos grupos armados colombianos.

O gabinete do procurador-geral disse em um comunicado que estava "revogando os benefícios de mandados de prisão suspensos para 31 representantes do (ELN)... que foram reconhecidos pelo governo nacional como porta-vozes nas negociações".

O ELN disse que sua ofensiva é contra uma facção de ex-rebeldes das Farc, que rejeitaram um acordo de paz de 2016, mas estão atualmente em negociações com o governo, e rebeldes desmobilizados que os apoiam. O ELN negou ter atacado civis.

"A crise em Catatumbo continua. Temos informações sobre 32.000 pessoas deslocadas", disse a defensora pública Irís Marín em um comunicado na noite de terça-feira.

As autoridades disseram no fim de semana que 80 pessoas haviam sido mortas. Marín disse na terça-feira que 35 corpos haviam sido recuperados e que as Forças Armadas estavam dando continuidade às medidas de retirada.

Fontes de segurança dizem que o ELN usou suas negociações de paz com o governo de Petro para se fortalecer militarmente e expandir seu território.

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